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​Colégios dizem que novos cortes trazem despedimentos e mudam de escola 6.000 alunos

31 mai, 2017 - 23:08

Em declarações à Renascença, Rodrigo Queiroz e Melo afirma que é ideológica a decisão do Governo de cortar o financiamento e garante que a medida não vai poupar dinheiro aos contribuintes.

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A associação que representa os colégios privados diz que os novos cortes nos contratos de associação vão levar 6.000 alunos a mudar de escola e mais de 600 professores e funcionários ao desemprego.

"Esta decisão corporiza uma atitude persecutória contra este subsector de educação, pois, além de ilegal, carece de fundamento técnico. Mais uma vez, o Governo corta o acesso das famílias à escola que desejam, gera desemprego e cria precariedade a milhares de trabalhadores, docentes e não-docentes. O Governo reincide numa atitude absolutamente lamentável, que se condena de forma inequívoca, e que é incompreensível no Portugal de hoje", defendeu a Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) em comunicado.

Em declarações à Renascença, o presidente da Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, afirma que é ideológica a decisão do Governo de cortar o financiamento a 268 turmas de colégios com contratos de associação, no próximo ano lectivo.

A AEEP contesta a medida, que diz carecer de fundamentação técnica.

Rodrigo Queiroz e Melo acusa o Governo de querer acabar com todos os contratos de associação.

“Se todo o processo era apenas um processo técnico, como é que se justifica que, de um ano para o outro, há diminuições substanciais de turmas. Temos menos 30 turmas no 7.º ano e menos 25 no início do secundário. Há aqui um novo corte muito grande que não se explica por questões de rede ou de variações do número de alunos em cada região do país. É claramente, e o Governo dever assumir, uma questão ideológica e uma decisão de acabar com a modalidade do contrato de associação.”

A AEEP alerta que a decisão do Governo vai levar ao encerramento de vários colégios. Rodrigo Queirós e Melo garante que o Estado não vai poupar com o corte no financiamento aos privados.

“É uma opção ideológica de destruição de valor e com um custo maior para o contribuinte. Entendemos que isto não faz nenhum sentido, a não ser a satisfação de algumas clientelas extremistas que vêem no contrato de associação um alvo a abater. O sucesso e a capacidade de educar todos e de ser desejado tem causado, ao longo das décadas, alguns problemas entre alguns sectores minoritários da sociedade, mas que encontraram actualmente terreno fértil.”

Rodrigo Queirós e Melo admite que muitos colégios particulares possam recorrer aos tribunais para travar esta decisão do Governo.

Comentários
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  • Orapois!
    01 jun, 2017 dequalquerlado 11:39
    Então e o meu comentário? O mais engraçado é que não publicam o comentário, como já tiraram até a noticia. Tive que a procurar pelo titulo. Ah, deve ser porque ofendi alguns privados, eles é que podem discriminar e chamar todos os nomes aos func.públicos, agora coitadinhos, são uns santos, não se pode ofendê-los. Além do mais eu até estou solidário para com aqueles que possam ir para o desemprego e se critico não são estes, mas sim dos que se andam a aproveitar para beneficiarem de contas recheadas.
  • Cidadao
    01 jun, 2017 Lisboa 10:50
    Subsidiar Escolas privadas, apenas e só, onde não houver Escolas Publicas - e nesse caso, começar imediatamente a construção das ditas Escolas Publicas. Em todos os outros casos, quem quer ter os pimpolhos num colégio privado, que pague do seu bolso. Os impostos que pagamos são para manter a Escola Pública, não para encher os bolsos de 3% de donos de Colégios Privados, que provavelmente ganharam a concessão quando contribuíram para a Eleição de alguém ou então são geridos/propriedade de "amigos" de Alguém ...
  • Orapois!
    01 jun, 2017 dequalquerlado 10:38
    Tá certo! o desemprego não, sou totalmente contra. Mas os privados que tanto mal falam do público, arrasam os funcionários públicos, que são todos uns priviligiados, andam todos a mamar e isto e aquilo, agora já não têm capacidade de manter o trabalho desta gente? Quer dizer, o público não presta, mas se não for com a mama do estado também não têm trabalho para dar. Arre burro!
  • Atento
    01 jun, 2017 Leça da Palmeira, Matosinhos 09:08
    O garrote ideológico da geringonça sempre a apertar ...
  • Augusto Saraiva
    01 jun, 2017 Maia 07:29
    Deviam ter vergonha e calarem-se: cobram mensalidades e propinas caríssimas - só para os papás que podem pagar - e ainda querem subsídios do Governo; Francamente!
  • maria
    01 jun, 2017 Lx 07:03
    Os colégios privados, são isso mesmo, privados, devem viver com os seus próprios meios e não à custa de todos nós; eu não quero os meus impostos a sustentar interesses particulares, mas sim a manter escolas públicas.

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