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Manuel Alegre galardoado com prémio literário Guerra Junqueiro

31 mai, 2017 - 17:33 • Olímpia Mairos

Freixo de Espada à Cinta quer incluir Guerra Junqueiro no Plano Nacional de Leitura e devolver o poeta a Portugal. Freixo Festival Internacional de Literatura decorre de quinta-feira a sábado.

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O poeta e escritor Manuel Alegre será o primeiro galardoado com o prémio Guerra Junqueiro, instituído pelo Freixo Festival Internacional de Literatura (FFIL), que começa na quinta-feira em Freixo de Espada à Cinta, prolongando-se até sábado.

A iniciativa promovida pela autarquia local tem por objectivo recolocar o nome de Guerra Junqueiro no panorama nacional.

“Eu diria mesmo devolver o poeta nascido em Freixo de Espada à Cinta a Portugal, já que se trata de um dos maiores poetas do século XX, sendo neste contexto que nasceu o FFIL, iniciativa carregada de conferências, literatura e arte pública”, explica a presidente da autarquia, Maria do Céu Quintas.

A autarca realça tratar-se de uma iniciativa cultural “única”, que nasce “num território periférico” como Freixo de Espada à Cinta e que consegue “reunir escritores de renome nacional e internacional”.

Em Freixo de Espada à Cinta, será debatida a oportunidade de incluir Guerra Junqueiro (1850-1923) no Plano Nacional de Leitura, assim como instituído o prémio literário com o nome do escritor que, nesta primeira edição, será atribuído a Manuel Alegre.

O Freixo Festival Internacional de Literatura, iniciativa transfronteiriça, pretende transformar-se num “palco de arte pública” e conta com mais de uma centena de alunos provenientes de escolas de Freixo, Salamanca, Viana do Castelo e Macedo de Cavaleiros, que apresentarão diversos trabalhos sobre a temática do festival.

Numa conferência que abordará a obra de Junqueiro, estarão presentes Manuel Alegre, Mário Cláudio, Nuno Rogeiro, Fernando Pinto do Amaral, Maria Inês Diogo Costa, Henrique Manuel Pereira, Conceição Brandão, Vitorino Perez Prieto, entre outros.

A Feira do Livro que é em homenagem a Guerra Junqueiro, contará com Leonor Mexia, Isabel Alçada e José Fanha, como figuras centrais.

Destaque ainda para o lançamento de um livro de poemas de Tsegay Mehari, natural da Eritreia, refugiado na Suécia. Trata-se de uma edição traduzida do original, que relata a vida de um preso, jornalista de profissão, acusado de escrever poemas de amor pelo seu país, pela sua família e pela natureza.

Um lançamento que contará com as presenças de Pedro Calado, Alto-Comissário para as Migrações, e de Teresa Tito de Morais, presidente do Conselho Português para os Refugiados.

O FFIL encerra a bordo de um barco, entre as arribas do Douro Internacional, que o poeta tantas vezes percorreu, e onde colheu inspiração com leituras dos poemas de Guerra Junqueiro.

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