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​Três médicos constituídos arguidos na “Operação O negativo”

06 jun, 2017 - 11:39

O caso, também conhecido como “Máfia do Sangue”, envolve suspeitas de corrupção e fraudes no Serviço Nacional de Saúde.

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A Polícia Judiciária constituiu três médicos arguidos no "Operação O negativo", também conhecida como "Máfia do Sangue".

De acordo com o comunicado, foram realizadas esta terça-feira "diversas diligências de busca e apreensão em residências, gabinetes de contabilidade, consultórios médicos e Centros Hospitalares de Lisboa e Porto, com o objectivo de detetar e apreender elementos relacionados com a prática dos factos em investigação".

Os três arguidos são médicos da especialidade da imunohemoterapia com responsabilidades nos concursos em investigação.

Nas buscas estiveram envolvidos 50 elementos da Judiciária, três juízes de instrução e três procuradores da república do DCIAP.

O caso está relacionado "com a obtenção, por meios ilícitos, de uma posição de domínio no fornecimento ao Serviço Nacional de Saúde de produtos hemoderivados e plasma humano inactivado, estando em causa a eventual prática de crimes de corrupção passiva e activa, recebimento indevido de vantagem e branqueamento", lê-se na nota.

Buscas na Suíça e na Alemanha

A "Operação O negativo" foi conhecida em Dezembro de 2016. Nessa altura, as autoridades detiveram o ex-presidente do INEM Luís Cunha Ribeiro. Depois, já em Janeiro de 2017, foi detido Lalanda e Castro, ex-administrador da farcmcêutica Octapharma.

O caso obrigou a buscas no estrangeiro, na Suíça e na Alemanha, país onde foi detido Lalanda e Castro.

Em Março de 2017, estes dois arguidos deixaram de estar em prisão domiciliária, sendo que pelo menos Lalanda e Castro teve de pagar uma caução de um milhão de euros.

Os factos remontam a 1999, quando a farmacêutica suíça Octapharma assegurou o concurso de venda de plasma inactivado (uma componente do sangue) aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Cunha Ribeiro era então presidente do júri do concurso e a farmacêutica assegurou um negócio que envolvia 137 milhões de euros, segundo números divulgados na altura pela imprensa.

Comentários
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  • SÓCRATES E VARA
    06 jun, 2017 Lx 15:12
    A máfia do sangue...portugal tornou-se, com a abrilada, um país de muitos e variados mafiosos que fazem inveja à Camorra e a outras trupes mafiosas de Itália...É um país de esquemas e sinto-em enojado com esta gente que nos rouba indecente e descaradamente a começar pelo famoso Pinto de Sousa que já devia estar também engavetado mas em Custóias...Ao invés, anda a dar conferências e a tentar ludibriar alguns xuxas que ainda lhe dão palmadas nas costas...Triste país este sem rumo e sem decência com esta gente..
  • rosinda
    06 jun, 2017 palmela 12:08
    Quem pratica crimes relacionados com saude devia morrer a nascenca!

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