13 jun, 2017 - 12:25
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O primeiro-ministro decidiu candidatar Lisboa para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA) por “ser factor de preferência a existência de Escola Europeia, que só Lisboa poderá vir a ter”, explica António Costa numa carta enviada, na quinta-feira, ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
Na carta a que a agência Lusa teve acesso, o primeiro-ministro diz ser “o primeiro a lamentar não ter sido possível candidatar o Porto porque muito gostaria de também, por esta via, contribuir para reforçar a crescente internacionalização da cidade”.
A “conveniência da proximidade do Infarmed” é outro dos factores apontados por Costa como justificação para candidatar Lisboa, e não o Porto, a acolher a sede da EMA, que deve abandonar Londres, por força da saída do Reino Unido da União Europeia.
O presidente da Câmara do Porto revelou na reunião camarária de 16 de Maio ter escrito ao primeiro-ministro a “mostrar o interesse” em acolher a sede da EMA. Na sessão do executivo de hoje, Rui Moreira adiantou ter recebido a resposta na segunda-feira.
Na missiva, o primeiro-ministro revela que o Governo estudou “a possibilidade de candidatar as cidades de Lisboa e Porto” à EMA, tendo duas razões conduzido “à opção por Lisboa”.
Costa cita na carta “a conveniência da proximidade do Infarmed, agência nacional do medicamento” e o facto de “ser factor de preferência a existência de Escola Europeia, que só Lisboa poderá vir a ter, beneficiando da sinergia da preexistência de outras agências europeias”.
De acordo com António Costa, estas outras agências instaladas em Lisboa permitiriam “alcançar o número mínimo de funcionários das instituições europeias necessárias para a instalação da Escola”.
O que são Escolas Europeias?
É uma instituição detida pelos estados-membros da União Europeia que tem como objectivo fornecer uma educação multicultural e multilingue aos seus estudantes.
Fundada inicialmente com o objectivo de educar os filhos dos trabalhadores das instituições europeias, passou, após recomendação do Parlamento Europeu, a aceitar outros alunos mediante o número de vagas e o pagamento de uma propina.
Há actualmente 14 Escolas Europeias devidamente creditadas em sete países diferentes.