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Avião da Aero Vip obrigado a fazer manobra para evitar choque com drone

16 jun, 2017 - 22:25

Este é já o oitavo incidente do género conhecido em Portugal só em 2017.

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Um avião da Aero Vip teve de realizar uma manobra para evitar a colisão com um 'drone' a 300 metros de altitude quando estava em aproximação para aterrar no Aeródromo de Cascais, disse à agência Lusa o piloto.

"Na aproximação à pista 35 de Cascais vislumbrei um objecto que julguei ser uma ave. Ao aproximar-me, apercebi-me de que se tratava de um 'drone' de grandes dimensões, de quatro rotores. Tive de mergulhar, aumentar a razão da descida, para evitar a colisão com o 'drone', que passou a cerca de cinco metros acima da asa esquerda", relatou Jorge Cernadas à Lusa.

O comandante acrescentou que o incidente ocorreu pelas 18h00, num momento em que o 'drone' "estava a cerca de 300 metros de altitude, na linha de voo que o avião seguia" sobre a vila de Tires (distrito de Lisboa), a "dois, três minutos de aterrar".

O Dornier 228, com 14 pessoas a bordo, já estava então com a configuração de aterragem e com o trem em baixo.

O piloto classifica o incidente, algo que nunca lhe tinha acontecido, como "muito grave".

"Se houver uma colisão, pode provocar um acidente e colocar em causa a segurança da aeronave e dos ocupantes", alertou Jorge Cernadas, que reportou a ocorrência à torre de controlo do Aeródromo de Cascais e que vai também comunicá-la ao Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

O avião (com capacidade para 18 passageiros) tinha descolado de Portimão para o Aeródromo Municipal de Cascais, em Tires, com 12 passageiros e dois tripulantes. O destino final foi Bragança, onde aterrou entretanto.

Oitavo incidente conhecido em 2017

Este é o segundo incidente nesta semana envolvendo 'drones' e aviões e o quarto nas duas últimas semanas. É também o oitavo incidente conhecido deste tipo desde o início do ano.

Na quarta-feira à noite, um avião da TAP, com cerca de 130 passageiros, cruzou-se com um 'drone' a 700 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.

O Airbus 319, proveniente de Milão, Itália, "cruzou-se" com o 'drone' por volta das 21h00, no momento em que a aeronave estava à vertical da Ponte 25 de Abril, na zona de Alcântara, e a poucos minutos de aterrar no Aeroporto Humberto Delgado.

A 1 de Junho, um avião que se preparava para aterrar no aeroporto do Porto quase colidiu com um 'drone' a 450 metros de altitude, obrigando os pilotos de um Boeing 737-800, da companhia TVF, France Soleil, grupo Air France/KLM, a realizar várias manobras.

Esse incidente ocorreu cerca das 16h40, no momento em que o Boeing 737-800, com capacidade para cerca de 160 passageiros, estava na aproximação final para aterrar, a 3,5 quilómetros da pista 35.

Após este incidente, a Associação Portuguesa de Aeronaves Não Tripuladas (APANT) alertou para os riscos inerentes a estas práticas, aludindo ao regulamento aprovado pelo regulador do sector.

O regulamento da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura, uma medida que pretende precisamente "minimizar a interacção com a aviação geral", e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto, "uma vez que são consideradas fases críticas de voo", sublinhou a APANT.

Comentários
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  • maria
    17 jun, 2017 lisboa 11:10
    vi aqui o comentario de alguem que diz que o drone e um brinquedo entao brinquem com a pilinha nao brinquem com a vida de inocentes
  • Carlos Bergeron
    17 jun, 2017 Viseu 10:10
    Um drone é um drone e pode ser um brinquedo para muita gente, mas urge alterar a legislação de molde a que sejam proibidos nas zonas aeroportuárias, num raio nunca inferir a 5 quilómetros. Ou estamos todos á espera que aconteça um acidente para que sejam tomadas medidas? Pensem na segurança dos pilotos, dos passageiros e de todo o pessoal de bordo e dos prejuizos que uma brincadeira pode causar a uma companhia de aviação. O uso de drones deve ter um fim objectivo e não ser brincadeira para quem os pode comprar.
  • Andret
    17 jun, 2017 Alhandra 09:29
    Para responsabilizar estes incidentes, Devia ser aprovada uma lei que (principalmente drones desta dimensão) deviam ter um nº de registo como os do chassis dos automoveis e ser registado em nome do comprador, para em caso de acidente descobrir de quem é o drone. Ainda vou mais longe! Para não colocar trancas na porta depois da casa roubada. Drones em espaço aereo perigoso deviam de ser abatidos e com o nº de registo ir atrás do proprietario e penalizá-lo.
  • Eumésmio
    17 jun, 2017 Lisboa 01:18
    Até sem ser na aviação, uma vez na praia estava a ser sobrevoado por uma coisa dessas sem saber se estava a ser filmado.
  • Carlos
    17 jun, 2017 amadora 01:16
    República das bananas! Esboço de país vaidosinho e mesquinho! Punições! Sérias! Exemplares! Qual tv nas celas qual o quê! Complexos de proibir, de hierarquia, de ordenar, de comandar! Recanto miserável cheio de observatórios disto e daquilo, tudo referenciado e mais que referenciado! Cheio de psicólogos e pedagogos que não sabem para eles! Crianças mal educadas! Telemóveis ao volante! Nas barbas da polícia! Cães sem açaime, sem trela curta e provavelmente sem chip! Idem! Não se passa nada! Lágrimas de crocodilo! Eu é que não sou tolerante nem compreensivo! As trancas na porta são antes da casa assaltada! Isto não vai lá com xixis e cocós!Já vamos tarde! Muito tarde! Tardíssimo! Um disparate! Os responsáveis têm que ser punidos! Todos!
  • observador
    17 jun, 2017 lisboa 01:06
    O piloto Jorge Cernadas não foi aquele que foi detido e condenado em 2010, a quatro anos de prisão, por envolvimento no tráfico de droga. Pois, só podia ver um drone e ter feito uma manobra para o evitar. Como é que é possível tal manobra, tempo e espaço, devido à visibilidade do drone?
  • observador
    17 jun, 2017 lisboa 01:05
    O piloto Jorge Cernadas não foi aquele que foi detido e condenado em 2010, a quatro anos de prisão, por envolvimento no tráfico de droga. Pois, só podia ver um drone e ter feito uma manobra para o evitar. Como é que é possível tal manobra, tempo e espaço, devido à visibilidade do drone?
  • JOSÉ MATIAS
    17 jun, 2017 CACÉM 00:11
    É uma tristeza o que está acontecendo envolvendo drones, não o drone em si, mas quem os opera! Eu sou um utilizador de drones, sei que se fizerem uma formação ou pesquisarem na net, saberão que desde este ano está limitado os voos até 120 metros, ponto assente!!!! Qualquer dia por causa de alguns chicos espertos como foram apelidados num comentário anterior, para mim não passam de uns reles ignorantes, por causa deles qualquer dia é necessário ir tirar um curso e só depois se poder adquirir um drone, ter seguro e ter registo tipo cadastro quem tem o quê. Assim se poderá cohabitar os céus em segurança!!!
  • Pindorica
    16 jun, 2017 Lisboa 23:58
    Para quando meterem estes anormais na choldra
  • Ministerio Justiça
    16 jun, 2017 Seia 23:57
    Assim que houver um acidente grave em que morram muitas pessoas iremos investigar tomar as medidas necessarias. Até lá vamos continuar a monitorizar estas situações com muita calma. Até porque a vida é um jogo e nós gostamos de roleta russa.

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