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PJ Militar quer investigar alegadas agressões em mais dois cursos dos Comandos

16 jun, 2017 - 08:05

Cursos sob suspeita realizaram-se em 2014 e 2015. Alegados agressores estão entre os arguidos no caso da morte de dois militares que aconteceu durante o curso de 2016.

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A Polícia Judiciária Militar propõe ao Ministério Público a investigação sobre alegadas agressões em mais dois cursos de Comandos. Em causa está o 123º curso, realizado em 2014, e o 125º curso, em 2015.

A notícia é avançada pelo jornal "Público" que teve acessos aos relatórios internos destes dois cursos.

De acordo com os relatos, as situações terão ocorrido durante a a segunda semana do curso. "Um instruendo acusou três instrutores de o terem agredido durante um exercício na carreira de tiro realizado no Regimento dos Comandos na Carregueira. O soldado, então com 21 anos, ficou com o nariz partido e o tímpano do ouvido direito furado. Foi um dos dez recrutas que deram entrada no Hospital das Forças Armadas, em apenas três dias, mas o único que se queixou pelo modo como foi tratado durante a instrução. Diz que, além de agredido, não recebeu assistência quando já estava muito debilitado e sangrava do nariz", lê-se no jornal.

Já durante o curso nº 125, que se realizou em Outubro de 2015, oito instruendos foram internados no Hospital das Forças Armadas. Um dos internados, o que chegou em pior estado escreve o jornal, ainda hoje está a "recuperar das graves lesões de há dois anos, repetindo, sem sucesso, intervenções cirúrgicas".

Ainda de acordo com o diário, há algumas ligações entre estes dois cursos e o curso n.º 127, realizado em Setembro de 2016 e durante o qual morreram dois militares. O sargento apontado pelo queixoso no curso n.º 123 foi, no curso nº 127, o encarregado de instrução do grupo do furriel Hugo Abreu, um dos militares que acabou por falecer. Este sargento será o mesmo que alegadamente obrigou Hugo Abreu a engolir terra quando este já entrara em convulsões.

Já um dos responsáveis do curso 125º foi, no curso 127º, comandante de formação (responsável por todos os instrutores).

Qualquer um destes militares está entre o grupo de 20 pessoas que foram constítuidas arguidas no processo de investigação à morte de Hugo Abreu e Dylan da Silva.

As investigações internas a estes dois cursos (123 e 125) foram arquivadas sem qualquer procedimento disciplinar, decisões do Coronel Dores Moreira, que era e continua a ser o comandante do Regimento dos Comandos, garante o jornal "Público".

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