18 jun, 2017 - 03:34
O primeiro-ministro afirma que o incêndio no distrito de Leiria, que matou, pelo menos, 25 pessoas, terá sido causado por trovoadas secas e que as vítimas estavam todas numa única estrada ou nas suas imediações.
Em declarações aos jornalistas, depois de ter estado reunido durante cerca de duas horas no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Protecção Civil, em Oeiras, António Costa, considerou, no entanto, que "é prematuro tirar ilações" sobre o que aconteceu.
Questionado sobre o que terá causado tantas vítimas mortais, respondeu: "Neste momento, é, obviamente, prematuro tirar ilações sobre o que terá acontecido naquele local. Algo de muito especial aconteceu, seguramente, pela dimensão das vítimas que teve. Neste momento, a Polícia Judiciária (PJ) está já no local, a quem compete a investigação, com o apoio da Guarda Nacional Republicana (GNR).
O primeiro-ministro adiantou que também o Instituto nacional de Medicina Legal foi accionado e disse que "há que fazer a identificação, e há também que ver as causas".
António Costa referiu que "todas as vítimas mortais estavam concentradas numa via de circulação ou nas suas imediações".
"Durante o dia houve um total de 156 incêndios em todo o país. Neste momento, onze ainda estão activos e dois suscitam particulares preocupações. Esta situação de vítimas humanas não foi generalizada nos incêndios, ocorreu num único incêndio e num único local", enquadrou.
Segundo o primeiro-ministro, "os meios que têm estado empenhados têm respondido à generalidade das situações".
"Houve uma situação meteorológica particular a partir das 14 horas, numa extensão entre Coimbra e o norte do Alentejo, com a sucessão de trovoadas secas que terão estado na origem destes incêndios, e que terão gerado fenómenos meteorológicos de grande concentração e violência, como este que vitimou o conjunto destas pessoas", acrescentou.