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Pedrógão Grande. Famílias inteiras morreram no interior de automóveis

18 jun, 2017 - 08:39

Últimos dados: 58 mortos e 54 feridos. Entre os mortos, 30 foram encontrados no interior de viaturas.

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Tragédia em Pedrógão Grande. Pelo menos 57 mortos em incêndio
Tragédia em Pedrógão Grande. Pelo menos 57 mortos em incêndio

O número de pessoas que morreram no incêndio florestal que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, aumentou para 58, disse pelas 12h00 de domingo o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. O número de feridos desceu de 59 para 54 feridos, dos quais oito são bombeiros.

O número de mortos tinha sido anteriormente actualizado em alta, para 57, depois de uma primeira actualização que apontava para 39 e uma segunda para 43.

Muitas das vítimas morreram cabornizadas no interior de viaturas. Em alguns casos, tratava-se de famílias inteiras.

Quando, por volta das 7h30 deste domingo, avançou a primeira actualização, o secretário de Estado Jorge Gomes revelou que 18 das vítimas foram encontradas em carros e quatro estavam numa outra área junto ao Itinerário Complementar (IC) 8. No interior das viaturas, morreram famílias inteiras.

Outras três morreram por inalação de fumos, indicou o governante, em declarações aos jornalistas junto ao posto de comando, em Pedrógão Grande.

Dezoito dos feridos foram encaminhados para hospitais de Lisboa (Santa Maria), Coimbra (Hospitais Universitários) e Porto (Prelada). Cinco encontravam-se em estado grave - quatro são bombeiros e o quinto é uma criança.

As operações mobilizam, esta manhã, mais de 788 operacionais, 215 viaturas e três máquinas de rasto, bem como 4 meios aéreos.

Os meios portugueses vão contar já este domingo com ajuda espanhola e francesa.

As chamas, que se alastraram aos concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, mantêm quatro frentes activas, duas delas com “extrema violência”.

Papa solidário com “querido povo português” por causa de Pedrógão Grande
Papa solidário com “querido povo português” por causa de Pedrógão Grande
Comentários
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  • Antonio Silva
    18 jun, 2017 Cambridge 18:12
    Triste e termos de ver a publicidade ao queijo quando as nossas mentes pensam nos nossos
  • Eborense
    18 jun, 2017 Évora 14:24
    Que desgraça, que tragédia, que sofrimento! Já chorei e estou a chorar, enquanto escrevo esta mensagem! Que Deus tenha aqueles que partiram e que ajude aqueles, cujas vidas ficaram destroçadas.
  • Mario
    18 jun, 2017 Portugal 12:06
    Embora tenha duvidas, desejava que fossem apuradas responsabilidades, e alguém neste governo acabasse na prisão por este crime. Mas isso e utopia minha pois nada vai acontecer e como sempre fica em aguas de bacalhau.
  • Jose
    18 jun, 2017 Aveiro 11:56
    Tanta gente que vive a custa de quem trabalha presos pessoas com subsídios, mas esta gente não podia limpar as matas e os donos delas suportarem os custos, já para não falar naquelas pessoas que morreram nos carros como foram para ali? Ninguém as controlou? À coisas na vida que me fazem confusão como Português.
  • 777seven
    18 jun, 2017 Faro 11:55
    Parabéns aos bravos combatentes, não é fácil ficar em tal ambiente, a quantidade de fumo é absurdamente alta, e mesmo que agora não tenham problemas, em futuro breve terão as consequências desta inalação. São grande heróis! Eu presenciei o trabalho e fiz pequena ajuda em um fogo que ocorreu no Algarve, é simplesmente um ambiente extremamente hostil! Espero que a política não faça desaforo ao cuidado destas equipes e recursos!
  • André
    18 jun, 2017 Lisboa 10:51
    Infelizmente, demasiada gente ignora as normas de segurança. TODOS os que faleceram dentro ou fora dos automóveis, faleceram devido ao monóxido de carbono. Antigamente muitas aldeias recebiam visitas dos bombeiros que explicavam os básicos de evitar estas situações. Neste momento, muito pouca gente sabe o que fazer e reagem em pânico ou pela aventura de irem obter fotos e vídeos dos fogos florestais. Quem conhece as estradas, ignora os encerramentos das vias principais e usa acessos rurais ou estradas secundárias. Por outro lado, as rádios locais tem-se acabado, quando eram as melhores fontes de informação para estes casos. Vivi na Guarda durante muitos anos e a Rádio Altitude mais 3 outras rádios locais eram a fonte de informação do que se passava nos concelhos durante os incêndios. Ouvindo uma dessas rádios, sabia-se que estradas estavam cortadas e a direção para onde os fogos se estavam a propagar. Era a maior ajuda para prevenir e preparar a defesa das localidades. Em 1995, tivemos 2 horas de avanço que permitiu cortar dezenas de árvores e lavrar a terra de um lado da estrada, conseguindo criar um asseiro que ajudou os bombeiros a defender a aldeia. E tivemos essa hipótese por causa da rádio nos informar para onde o fogo estava a avançar. Agora é tudo a usar internet, rádios locais só emitem boletins noticiosos das rádios nacionais... ficam sem electricidade, acabaram-se as notícias e deixam de saber o que se passa até lhes chegar à porta.
  • Marquês de Púbol
    18 jun, 2017 Aveiro 10:38
    A desorganizacão da Protecção Civil foi tão grande, que admira não haver ainda demissões, ou mesmo detenções! Isto foi muito pior que um atentado terrorista!
  • Alberto
    18 jun, 2017 FUNCHAL 10:31
    AO Sr. PR, ao Sr. PM E A TODOS QUE CHORARAM E DE ALGUMA FORMA AJUDARAM A MADEIRA EM 2010: vejam, hoje, a capa do DN Madeira: não aconteceu NADA em Pedrógão!! Esperem, dentro de uma semana que diga que a Madeira ainda tem milhões a RECEBER pelos Fogos!!
  • Saul
    18 jun, 2017 Bemposta 10:28
    Existe em portugal, nos ultimos anos, uns senhores que ganham á hora no combate a incendios... e ganham muito bem. Ora, é do interesse desses senhores que os fogos demorem muito tempo a ser extintos.
  • Graça Rodrigues
    18 jun, 2017 Paris França 10:18
    Solidária com todas as Vitimas desta tragédia, Os meus Sentimentos para os Familiares das Vitimas que faleceram. Que descansem em Paz.

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