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"Drone" passou perto de avião. É o sexto caso do género só em Junho

25 jun, 2017 - 23:16

O "drone" passou a 50 metros da asa direita de um avião da TAP, que se preparava para aterrar em Lisboa. Estava a 900 metros de altitude.

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Um avião da TAP Express, operado pela White Airways, com mais de 70 passageiros, cruzou-se este domingo à noite com um "drone" a 900 metros de altitude, na aproximação ao Aeroporto de Lisboa, disseram à Lusa fontes aeronáuticas.

Este é o sexto incidente do género este mês e o décimo desde o início do ano.

Segundo as mesmas fontes, o piloto do avião modelo ATR, que fazia a ponte aérea Porto--Lisboa, reportou, pelas 20h20, "um 'drone' a 50 metros da asa direita, a 900 metros de altitude", quando sobrevoava a zona do Pragal, Almada, e pouco antes de passar à vertical da Ponte 25 de Abril, acrescentando que o aparelho "media, no mínimo, um metro".

Contactada pela Lusa, a NAV Portugal (responsável pela gestão do tráfego aéreo) confirmou a ocorrência, acrescentando que irá notificar a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

A TAP, contactada pela Lusa, informou apenas que este voo transportava 74 passageiros.

O regulamento da ANAC proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto.

O GPIAAF anunciou há mais de uma semana a realização de um estudo de segurança devido aos vários incidentes envolvendo a presença de drones nas trajectórias de aviões.

A 19 de Junho, um Boeing da companhia holandesa KLM reportou que um "drone" "voou ao seu lado" a 1.200 metros de altitude, à vertical do Farol do Bugio, no estuário do Rio Tejo.

Nesse dia, fontes aeronáuticas explicaram à Lusa que o incidente ocorreu quando os pilotos do Boeing 737-800, com capacidade para 162 passageiros, se aperceberam de "um 'drone' a voar ao lado", no momento em que o avião estava no corredor aéreo para rumar ao Aeroporto de Lisboa, sendo aquela zona igualmente utilizada para os aviões que aterram e descolam do Aeródromo de Cascais.

A 16 de Junho, um avião da Aero Vip, do Grupo Seven Air, foi obrigado a realizar uma manobra para evitar a colisão com um "drone" a 300 metros de altitude quando estava em aproximação para aterrar no Aeródromo de Cascais, com 14 pessoas a bordo.

"Na aproximação à pista 35 de Cascais, vislumbrei um objecto que julguei ser uma ave. Ao aproximar-me, apercebi-me de que se tratava de um 'drone' de grandes dimensões, de quatro rotores. Tive de mergulhar, aumentar a razão da descida, para evitar a colisão com o 'drone', que passou a cerca de cinco metros acima da asa esquerda", relatou nesse dia o piloto à Lusa.

A 14 de Junho, um avião da TAP, com cerca de 130 passageiros, cruzou-se com um "drone" a 700 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.

O Airbus 319, proveniente de Milão, Itália, "cruzou-se" com o "drone" por volta das 21h00, no momento em que a aeronave estava à vertical da Ponte 25 de Abril, na zona de Alcântara, e a poucos minutos de aterrar no Aeroporto Humberto Delgado.

A 1 de Junho, um Boeing 737-800, da companhia TVF, France Soleil, grupo Air France/KLM, com cerca de 160 passageiros, teve de realizar várias manobras para evitar a colisão com um "drone" a 450 metros, quando a aeronave se preparava para aterrar no Aeroporto do Porto.

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  • Vasco
    26 jun, 2017 Santarém 23:11
    Os incidentes são quase diários mas resposta adequada por parte do governo não aparece, penso que estarão talvez à espera de um acidente grave que depois provocará mais impacto e mais visibilidade de vários membros do governo na TV, os maus resultados parecem não abrir os olhos aos políticos!.
  • Joni
    26 jun, 2017 Parvalheira 18:40
    Aqui o carlinhos das caldas da rainha acho que tem veia artistica para escritor de prosas e aposto que tem um hobby especial daqueles de fim de tarde à janela a jogar matraquilhos de bolso, nao?
  • Pureh@te
    26 jun, 2017 Kabul 18:31
    Mais uma vez torno aqui a dizer que o aeromodelismo já existe ha mais de 50 ou 60 anos, mas só agora é que se ouve falar numa base quase diária dos tais drones que teimam em circular perto dos aeroportos de lisboa e porto. Nao querendo defender os trolls que por qualquer razao teimam em continuar com estas peripécias perto dos aeroportos (e nem sei se é verdade), mas porque razao só acontece nestes 2 aeroportos? Lisboa e porto? Existem mais no pais, mas so aqui é que os avistamentos de drones acontecem agora quase todos os dias. O problema meus caros, comecou no momento em que alguem colocou uma camera a bordo e comecou a filmar desde la de cima...interesses privados ou nao, o que é certo é que comecou a incomodar muita gente, pois em todos estes anos que acompanho o hobby nunca ouvi falar de nenhum acidente provocado por um praticante de aeromodelismo...e ja agora, uma cegonha, daquelas que existem as centenas em portugal, chega a voar a mais de 15. mil pés de altitude ( pra quem nao sabe é mais ou menos 4.5 km lá bem alto), e nao vejo ninguem preocupado com um encontro com uma destas aves...; o problema real deve estar a ser causada por algumas aves raras assim em jeito de cabala ou outra coisa qualquer
  • Nuno Cabeleira
    26 jun, 2017 Oledo -Castelo Branco 17:58
    É ninguém faz nada. Ou estão à espera que caia um avião com dezenas e dezenas de pessoas a bordo. Mas em que país vivemos afinal.
  • Ana Maria
    26 jun, 2017 Porto 13:12
    Porque não criar um registo de propriedade dos drones? Se estes aparelhos podem causar mortes (centenas delas, até, caso haja algum acidente com um avião), se são uma verdadeira "arma" nas mãos dos seus donos, então que fique registado quem os adquire, para poderem ser identificados, multados ou mesmo detidos. E claro, que lhes sejam retirados os aparelhos. Tal como se faz com as armas. Claro que há sempre quem fuja à lei, mas antes 10 a fugir dela, que 1000 a poderem fazer o que querem, como querem, quando querem e onde querem.
  • Eduardo Mendes
    26 jun, 2017 Porto 11:52
    Por favor parem de usar a foto do drone da Connect Robotics nas notícias de pessoas cometento infrações e atos irresponsáveis.
  • Carlos
    26 jun, 2017 caldas da rainha 10:19
    A "dronofilia" ou "dronografia infantil" devia ser rapidamente considerada, só por si, um crime grave e mesmo uma doença incurável. É um ato que raramente será isento de dolo, aliás o "Drolo" está implícito. É muito mais do que ameaça, é perigo iminente para o qual a tentativa se presume e deve ser criminalizada. É a brincadeira "infantil" infinitamente mais ameaçadora e menos tranquilizadora do que o simples buzinar (desnecessário) só para chamar os outros, ter um cão a ladrar dia e noite numa varanda. Assemelha-se a alguém na condução perigosa bastante embriagado e que dizer se, por detrás do telecomando, estiver também alcoolizado? Quantas pessoas vão deixar de andar de avião, está contabilizado? há cerca de 25 anos as autoridades policiais assistiam impotente à proliferação na Internet de pornografia infantil e a luta, iniciada desde então, hoje colheu excelentes resultados. O que estão à espera para intervir? quanto mais cedo melhor, nem quero pensar num céu invadido por drones controlados por dronófilos incuráveis, sendo tal prática uma "doença" bem perigosa!
  • Os inconscientes
    26 jun, 2017 Lis 09:51
    E os provocadores prevaricam e então para alguns o governo tem de arranjar um policia para cada português! Talvez candidatarmo-nos todos à profissão de policia!...
  • Bruno Graça
    26 jun, 2017 Porto 09:44
    A única solução passa por limitar a venda deste tipo de aparelhos, através de um projeto-lei similar ao existente para as réplicas de armas utilizadas em Airsoft. A única exceção seria a abertura de uma exceção para os drones que não tenham uma alcance vertical superior a 100m. Todos os restantes teriam de ser vendidos com apresentação de bilhete de identidade, assim como inscrição numa Associação a criar para o efeito. O adquirente teria ainda, obrigatoriamente, de proceder a X horas de voo com o drone, de modo a aprender como o controlar, assim como as regras de segurança de voo. Esta ação teria de ser em conjunto com a tal associação e uma entidade pública que certificasse os "pilotos".
  • Maria
    26 jun, 2017 09:43
    1 - Obrigatoriedade de registo dos donos destes aparelhos aquando da compra á semelhança de outros veículos . 2 - Investigação criminal a estes potenciais assassinos á semelhança de condução perigosa.

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