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Escolas não sabem o que fazer aos manuais devolvidos

29 jun, 2017 - 08:01

Muitos pais recusam-se a entregar livros por considerarem que não vão poder ser reutilizados.

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As escolas do primeiro ciclo já estão a receber os manuais do 1.º ano que foram disponibilizados no início do ano lectivo pelo Governo, mas os directores não sabem que destino dar-lhes uma vez que grande parte não será reutilizável.

A notícia está a ser avançada pelo "Jornal de Notícias". Segundo o diário, a maioria dos agrupamentos optará por armazená-los enquanto tiver espaço, adiando para já, o envio para o papelão.

Já do lado dos pais, muitos ponderam não entregar os manuais por considerarem que não vão poder ser reutilizados, tendo em conta que os livros estão preenchidos, com sublinhados, desenhos, pinturas, autocolantes e repostas escritas que, mesmo apagadas, deixarão as folhas marcadas e as respostas decalcadas. "Se não são reutilizáveis para quê devolvê-los, questiona a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP).

O presidente da CONFAP considera que "os livros servem de apoio para os anos seguintes e de consulta para as famílias que precisem de auxiliar os filhos nos trabalhos de casa e nos trabalhos durante as férias", aludindo ainda a razões afectivas para registo do ano em que o filho aprendeu a ler e a escrever.

A secretária de Estado Adjunta e da Educação, em entrevista à Renascença, explicou que quem não entregar os manuais (porque se extraviaram, por exemplo) não tem de os pagar mas também não terá direito aos livros gratuitos no próximo ano lectivo.

“Nesses casos, que consideramos neste momento extremos, os pais não receberão o livro equivalente do segundo ano. Mas isso é algo que terá de ser analisado caso a caso e, de acordo com a circular que enviámos, será em casos muito residuais”, afirmou.

Comentários
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  • Filipe
    29 jun, 2017 évora 15:19
    Pois não sabem e bem ! Porque existem autocolantes que colam e já não descolam e existem autocolantes que colam e descolam . Com os manuais é igual , o interesse em vender e inutilizar está presente nos manuais por parte da corja das editoras . Elas fazem de propósito para fabricarem manuais para se auto destruírem e a seguir venderem novos . Caso não fosse assim fechavam portas ! Então , estes manuais cortados em fatias , servem para no Inverno aquecerem as crianças nas escolas que mais parecem barracas do terceiro mundo , peguem-se fogo !
  • José Santos
    29 jun, 2017 Leiria 12:08
    Não está em questão a devolução ou não dos manuais. Se uma lei diz que é para devolver (em qualquer tipo de conservação ou de reutilização) deve ser cumprida. Se se desculpa e "não há castigo" pelo estravio (só se estraviaram depois do fim das aulas e não antes) todos os "deixa andar, não me preocupo pois não há castigo, não me vou chatear...") vão justificar que se estraviaram, não há pagamento e ESTÁ TUDO BEM pois a Secretária de estado assim o diz, os carenciados (por norma aqueles que têm os manuais em pior estado) não são incluídos... ESTAMOS a falar de manuais do 1º ano e não de outros anos. Até concordo que em anos posteriores os manuais sejam reutilizados pois não há lugar a espaços de escrita direta nos mesmos (mesmo um sublinhado ou uma anotação não compromete o seu uso por outros alunos no futuro como já aconteceu com muitos casos como os meus filhos). Agora nos manuais do 1º ano que chegam ao fim todos em mau estado de conservação (alguns), têm espaços próprios de escrita e de outras atividades não há reutilização possível. Se deveriam ser entregues em qualquer situação é diferente e, se não se entregarem, castigue-se. Agora ser ao critério de cada cabeça vai haver desigualdades em escolas, famílias e muitas injustiças. Deveria haver regras claras e precisas antes e não agora mas, como estamos em Portugal com os nossos (estes) governantes é assimmmmmmmmm. VALE TUDO
  • OLP
    29 jun, 2017 Lisboa 11:43
    Esta história de "os pais ponderam não entregar os manuais por considerarem que não vão poder ser reutilizados" é igual aquela de que as matas têm de ser limpas, mas ninguém o faz. Ou seja, as leis são para serem cumpridas, pelos outros!
  • Bela
    29 jun, 2017 Coimbra 11:22
    Não é necessário, recorrer ao exemplo da Alemanha, como menciona a MARIA VICENTE. Fiz os meus estudos no tempos antes do 25 de Abril. Por o meu pai não ter condições económicas para manter os filhos em simultâneo na escola, pagando tudo do seu bolso, solicitou apoio escolar, facto que foi facultado. Há maioria de nós os livros e material de longa duração: esquadros, réguas, estojos com compassos, etc., foram fornecidos pelas respectivas escolas. No final de cada ano tinha de se proceder à respectiva devolução. Havia mais sentido de responsabilidade de cada aluno, e respectivos pais, na manutenção do material.
  • FR
    29 jun, 2017 Portugal 10:46
    Medida de "politicamente correto". Sounds goods doesn't work!!!
  • 29 jun, 2017 10:30
    JC. Boas agora os pais/encarregados de educação e associações vêm com uma série de desculpas para não entregar os livros que lhe foram dados! durante o ano lectivo não houve a preocupação nem do aluno e muito menos dos acima mencionados para evitar esta situação. há 3 anos que a minha filha utiliza livros usados e este problema nunca foi impeditivo de os usar (embora haja sempre 1 professor que coloca dificuldades, mas com uma análise e conversa são ultrapassadas, sabendo que o negócio das editoras fica prejudicado) e devolver em bom estado de conservação. a excepção de necessitar do livro ainda no ano seguinte para acabar ou rever matéria não é de todo desculpa. apesar de alguma falta de qualidade em alguns manuais/editoras, os mesmos devem ser reutilizáveis como é feito nos países "mais pobres" da Europa e que Portugal tanto gosta de mencionar para outros exemplos. Cump.
  • José Santos
    29 jun, 2017 Leiria 10:15
    Os alunos do 1º ano são obrigados a escrever, treinar a escrita, números,... ligar, riscar o errado, assinalar o certo, pintar, colar autocolantes... no final do ano, alguns estão totalmente escritos, riscados, sujos, capas separadas/arrancadas ou riscadas, isto é, não estão em condições de reutilização. Só quem não trabalha dia a dia na escola pensava doutra forma. Daí esta confusão dos nossos governantes. Pior ainda é dizer que não recebem os do 2º ano se não entregarem os do 1º ano, exceto se extraviados. Nesta altura qualquer pai vai dizer que se estraviaram, perderam... e os outros? São medidas propagandistas que agora querem agradar a todos e quem paga é o PORTUGUES com os seus impostos.
  • nukes
    29 jun, 2017 algalve 10:02
    Mais um Lei feita pelos nossos iluminados. Nunca fazem as coisas como deve ser. Pura incompetência.
  • Lavínia
    29 jun, 2017 Covilhã 09:45
    "Muitos pais recusam-se a entregar livros por considerarem que não vão poder ser reutilizados." Mas afinal onde é que nós estamos? Os pais não têm nada que considerar ou deixar de considerar!. Têm mais é que os entregar, e deixar as decisões a quem compete. Por aqui se conclui, que há privilégios que os portugueses ainda não têm condições de alcançar... Quanto às escolas, terão que ter a "grande maçada" de esperar orientações do Ministério. Decerto que terão onde guardar os livros até receberem instruções. Até porque, tanto o Ministério como os professores têm, neste momento, assuntos de maior importância que os preocupem.
  • Maria Vicente
    29 jun, 2017 Loures 09:22
    Com 30 anos de atraso em relação à Alemanha, país que distribui gratuitamente os livros aos seus alunos, parece-me que em Portugal ainda não aprenderam como se processa .Na Alemanha os livros que são dados não devem ser escritos ou sublinhados ,e devem estar limpos e em bom estado de conservação. Caso contrário os pais serão obrigados a pagar por eles. Parece-me justa esta decisão. E conheço bem a situação. Não percebo porque razão em Portugal isto é tão difícil de aceitar....

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