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​Ministro alerta para aspectos de natureza ilegal na greve dos enfermeiros

30 jun, 2017 - 15:29

Adalberto Campos Fernandes espera que prevaleça "o elevado sentido ético e de consciência profissional" da classe.

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O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, mostra-se confiante que os enfermeiros especialistas vão continuar a desempenhar estas funções, mas lembrou que uma paralisação como a anunciada contempla "aspectos de natureza ética e de natureza disciplinar, bem definidas da lei".

"Temos a certeza, porque conhecemos bem os enfermeiros portugueses, que o elevado sentido ético e de consciência profissional que, ao longo das décadas, têm demonstrado fará com que, efectivamente, não venha a acontecer", disse aos jornalistas, no final da sua participação no Parlamento da Saúde.

Dezenas de enfermeiros especialistas em saúde materna e infantil manifestaram a intenção de não exercerem estas funções especializadas a partir de segunda-feira, como protesto por o facto de esta diferenciação não ser remunerada.

Questionado sobre eventuais consequências para os enfermeiros no caso de surgirem complicações assistenciais, decorrentes desta não prestação de cuidados especialistas, Adalberto Campos Fernandes afirmou: "Há aspectos de natureza ética e de natureza disciplinar bem definidas da lei. E há naturalmente depois, se houver situações de delito, outro tipo de consequências".

O ministro lembrou que "o Governo tem estado a trabalhar com os sindicatos, que são as entidades legalmente constituídas como tendo poderes para o fazer, naquilo que é o reconhecimento da necessidade de distinguir os enfermeiros especialistas dos não especialistas, processo que se arrasta há mais dez anos".

Segundo Adalberto Campos Fernandes, este é "um processo normal, de negociação, que tem o seu tempo e que terá a sua acomodação orçamental naturalmente em 2018".

"Acredito que não vai acontecer nada", disse o ministro, sublinhando a "consciência profissional" desta classe.

Mas aproveitou para criticar a ameaça: "Não é ao meio do ano, de repente, que se encosta uma faca ao pescoço de qualquer governante".

"Estou certo que os enfermeiros não estão alinhados com este tipo de comportamento", disse.

Comentários
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  • Mario
    30 jun, 2017 Portugal 20:43
    No artigo 57diz isto Direito à greve e proibição do lock-out 1. É garantido o direito à greve. 2. Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo a lei limitar esse âmbito. 3. A lei define as condições de prestação, durante a greve, de serviços necessários à segurança e manutenção de equipamentos e instalações, bem como de serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de necessidades sociais impreterível. 4. É proibido o lock-out. Como pode falar de natureza ilegal pois nao menciona nenhum lock-out.
  • XUXAS MANIPULADORES
    30 jun, 2017 Lx 16:42
    Um verdadeiro mestre da pantomina este Ministro que nem existe. O SNS degrada-se e a culpa é dos partidos das esquerdas..Ironia, pois é...são as cativações, são os não pagamentos a fornecedores há mais de seis meses e por aí adiante..:nada como empurrar com a barriga para a frente como fazia o Pinto de Sousa...
  • rosinda
    30 jun, 2017 palmels 16:41
    O primeiro ministro nao pode resolver as coisas em cima do joelho! O ministro da justica nao quer que lhe ponham uma faca no pescoco! Coitaditos ate metem do!

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