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Oficiais desmarcam protesto em frente ao Palácio de Belém

04 jul, 2017 - 18:10

Militares pretendiam depor as espadas em sinal de descontentamento pelo afastamento de cinco comandantes da base de Tancos.

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Um grupo de oficiais das Forças Armadas desmarcou o protesto marcado para quarta-feira, avançou a SIC Notícias e confirmou a Renascença.

Os militares pretendiam depor as espadas em frente ao Palácio de Belém, a residência oficial do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na origem do protesto simbólico estava o afastamento temporário de cinco comandantes da base militar de Tancos, na sequência do furto de armas de guerra.

Num comunicado enviado à comunicação social, os militares indignados explicam que “a convocatória de entrega simbólica de espadas foi cancelada por lealdade ao Comandante Supremo das Forças Armadas [Marcelo Rebelo de Sousa] e aos Chefes Militares que na sua função difícil e no activo ainda defendem os seus homens”.

Os oficiais na reserva também divulgaram uma carta aberta ao Presidente da República, na qual dão conta do que dizem ser um sentimento de "tensão e desmotivação" nas Forças Armadas e tecem duras críticas à classe política.

"Da esquerda à direita, todos sem excepção, cometem um crime de lesa Pátria em não informar o País, com seriedade e em permanência, da importância das Forças Armadas, no seu papel em fazer a paz e acautelar a guerra, na necessidade do investimento profundo e ter um Exército como já tivemos, motivado, com tradições e com a moral elevada", referem na missiva.

Consideram que os comandantes afastados, enquanto durarem as investigações, "foram humilhados publicamente como se fosse incompetentes" e pedem que a decisão seja anulada e que sejam reconduzidos.

A iniciativa de depor as armas partiu de dois militares na reserva, os tenentes-coronéis Pedro Tinoco de Faria e Carlos Gomes.

“Queremos mostrar a indignação de um conjunto de militares que deixou de acreditar no poder político e que decide não mais defender a pátria”, disse na segunda-feira à Renascença Pedro Tinoco de Faria.

O que sabemos sobre o furto de armas de guerra em Tancos
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  • Fernandes
    05 jul, 2017 Évora 09:45
    Queriam depor as armas... Que sobraram depois das que deixaram roubar. Querem fazer protestos? Façam. Mas façam-nos contra as próprias hierarquias militares que desacreditam a instituição a que pertencem, ao não cumprirem e não fazerem cumprir os seus deveres para com a Pátria.
  • Juan Panvini
    04 jul, 2017 Mafra 23:20
    Desconvocaram logo após terem sido presos vários oficiais, incluindo um general, indiciados de SUBORNO, também chamado de CORRUPÇÃO, gostava de saber quando generais temos agora em comparação a antes do 25 de Abril, e se o rácio ainda é o mesmo ou existem mais generais que "soldados"
  • novas
    04 jul, 2017 evora 22:55
    Se o fizessem só poderiam chamar-se desertores
  • marafo
    04 jul, 2017 seixal 22:04
    Até se pode concluir que nada fazem. Nem se lembram de quem lhes paga os ordenados (impostos de quem trabalha). Surpreende-me a quantidade de oficiais que temos hoje comparado com o passado. Em contrapartida o número de praças parece desproporcionado. A pirâmide está invertida e como tal devem ser os oficiais a fazer a guarda ao quartel, paiol, enfim...
  • Francisco
    04 jul, 2017 Lisboa 19:57
    Insurgi-me aqui com a noticia que a RR deu á luz, e mais estranhando ser iniciativa de 2 reservistas... Agora aparece um ilustre tinoco faria (será oficial?) a dizer que não mais defende a pátria!!!!!! mas desde quando é que um qualquer português repudia a sua PÁTRIA? Um qualquer militar, esteja na reserva ou não, nunca pode repudiar a sua Pátria, ou é um traidor miserável, um apátrida.
  • Miguel
    04 jul, 2017 faro 18:56
    ...eu já tava desconfiado que ia ser assim. TAMBÉM ROUBARAM AS ESPADAS,aos incompetentes ...
  • Filipe
    04 jul, 2017 Lisboa 18:39
    Eu quero mostrar a indignação de um conjunto de militares que se acha acima de censura e do próprio poder político e que depois da asneirada que fez (veremos se com negligência ou com dolo) ainda tem a distinta lata de vir verborrear em praça pública ameaças. Os militares trabalham para Portugal, não é Portugal que tem de trabalhar para sustentar a incompetência ou corrupção de alguns que mancham e desonram toda a instituição militar. Deixem a investigação prosseguir e deixem de fazer o papelão de virgens ofendidas que só dá azo a se pensar que algo muito mais grave está por descobrir.

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