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Protesto de enfermeiros causa "constrangimentos graves" em sete hospitais

04 jul, 2017 - 12:36

Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia estão desde segunda-feira a assegurar apenas cuidados indiferenciado de enfermagem em protesto contra o não pagamento dos seus serviços especializados.

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O protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna está a provocar, esta terça-feira e pelo segundo dia consecutivo, “constrangimentos graves” em pelo menos sete hospitais.

Os hospitais de Guimarães, Gaia, Aveiro, Abrantes, Amadora-Sintra, Setúbal e Évora estão actualmente a funcionar com menos enfermeiros especialistas do que o recomendado, de acordo com Bruno Reis, porta-voz do movimento EESMO (Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia).

Segundo o profissional, não estão asseguradas as dotações seguras às grávidas, que fala numa “caótica” em algumas unidades de saúde onde onde algumas grávidas já manifestaram "receio de serem internadas".

“Apesar de os administradores hospitalares afirmarem que está tudo a funcionar normalmente e que tudo está controlado, internamente a situação é caótica”, disse Bruno Reis.

Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia estão desde segunda-feira a assegurar apenas cuidados indiferenciado de enfermagem em protesto contra o não pagamento dos seus serviços especializados.

O protesto conta com o apoio da Ordem dos Enfermeiros que recebeu, no primeiro dia de protesto dos enfermeiros especialistas, informações de que “os hospitais nada fizeram para garantir a segurança dos cuidados de saúde”.

Em comunicado, a Ordem considera “estar em causa a vida e a saúde das pessoas, em particular das que recorrem aos serviços de saúde materna e de obstetrícia”.

“O risco em que se encontram as pessoas e a responsabilidade por eventuais danos na saúde ou nas suas vidas não pode, de modo algum, ser atribuído aos enfermeiros”, prossegue a nota.

Para a Ordem dos Enfermeiros, “a falta de um plano de adequação à alteração de posição dos enfermeiros demonstra a forma inconsequente, irresponsável, negligente e atentatória do interesse público como o Ministério da Saúde e as instituições do SNS vêm exercendo as suas funções”.

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