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Segunda demissão no Exército. Comandante operacional das Forças Terrestres sai em divergência com o CEME

08 jul, 2017 - 18:08

Ambos os generais, dizem-se indignados com a forma como o CEME demitiu na praça pública, e em horário nobre, os cinco coronéis responsáveis pelas rondas nos paióis de Tancos que foram assaltados.

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O general Faria Menezes, actual comandante operacional das Forças Terrestres, vai apresentar, na próxima segunda-feira, a sua demissão ao chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte.

A informação está a ser avançada pelo Expresso e junta-se à demissão do comandante do Pessoal do Exército, José Antunes Calçada.

A saída tem a ver com a forma como o general Rovisco Duarte geriu o caso do furto de armamento militar em Tancos. “Com a exoneração dos cinco comandantes houve uma quebra do vínculo sagrado entre comandantes e subordinados. Por respeito aos princípios e valores que perfilho, vejo-me obrigado a pedir a exoneração como comandante das Forças Terrestres”, disse o general.

Ambos os generais, dizem-se indignados com a forma como o CEME demitiu na praça pública, e em horário nobre, os cinco coronéis responsáveis pelas rondas nos paióis de Tancos que foram assaltados.

Em declarações à Renascença, o tenente-coronel Pedro Tinoco diz compreender estas demissões no Exército. “O general Calçada e o general Menezes assumiram um compromisso com o Exército e com a Nação que foi exercerem funções no comanda da chefia do Exército. Quando pedem a sua demissão é porque estão desgostosos e, na minha interpretação, ficaram profundamente tristes com a forma como cinco coronéis – oficiais honrados – são tratados pelas chefias militares”, disse.

Segundo o tenente-coronel Tinoco, “o chefe militar não pode ser escolhido por um engenheiro civil, que é um boy de um partido político. Tem de ser escolhido entre os melhores oficiais, ser proposto ao poder político e o poder político aceitá-lo”, disse.

Em comunicado, o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira, esclarece que José Antunes Calçada será substituído pelo vice-chefe do Estado-Maior do Exército, o tenente-general Rodrigues da Costa, que foi nomeado para assumir o cargo de comandante do pessoal em acumulação.

Contactado pela Renascença, o porta-voz do Exército remete esclarecimentos para um comunicado que deverá ser conhecido nas próximas horas.

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  • José
    08 jul, 2017 Lousada 22:54
    Fica-lhe bem Demitir-se. só é mal ser por uma pretensa solidariedade. os militares que falharam estão sob o seu comando!? então só tem duas soluções ou atua disciplinarmente ou, como não atuou, demita-se.
  • Luis
    08 jul, 2017 Lisboa 22:06
    Lá vão estas demissões fazer as delicias dos "jornaleiros" e dos "pulhiticos". Já vai haver assunto para ambos serrar presunto durante pelo menos uma semana. Demitiram-se dois? Qual é o problema? Vamos deixar de ter exercito por isso? O exercito vai ficar desfalcado por isso? Com tantos generais que o exercito tem só há que lamentar que tenham apenas só dois pedido a demissão.
  • Albano
    08 jul, 2017 Póvoa do Varzim 20:58
    Todos os operacionais deste país deveriam demitir-se. Os Politicos deste governo " Hibrido", que defendam a população. Nunca pensei ver tanta degradação... Heranças de quem humilhou a Educação, a Saúde, e o pilar da soberania de uma nação!!! Pertence ao chamado partido socialista. PM SOCRATES E COMPANHIA ILIMITADA. As Forças Armadas, não precisam das ordens de teóricos corruptos. Se for preciso, tomem conta do parlamento, pois não se vive em democracia...
  • Armando Lima
    08 jul, 2017 Faro 20:51
    Fazem uma falta como uma viola num funeral. Esta gente devia estar em casa de pantufas e andam a ganhar fortunas à custa do contribuinte. por isso não há dinheiro para reformas, medicamentos e outras coisas mais.
  • Juan Panvini
    08 jul, 2017 Mafra 20:33
    SE fosse uma empresa privada, estavam mais era DESPEDIDOS com justa causa. Que jornalista pergunta aos politicos e aos militares, o porque te termos tantos generais? boys?
  • Antonio Portugal
    08 jul, 2017 Leiria 20:01
    Estes senhores generais demitiram-se. Pergunto: Ficam no desemprego? Sem qualquer vencimento?
  • ASTROLABIO
    08 jul, 2017 capital 19:49
    Os militares podem até ser honestos, e não como os da Força Aérea que roubavam o Estado nas cantinas, mas que são incompetentes e desleixados, são. Agora, não gostam que isso seja publicamente reconhecido, até pelo grande chefe deles.
  • ferreira
    08 jul, 2017 anadia 19:45
    então os comandantes exonerados mereciam um louvor por terem sido negligentes e incompetentes tal como os que os veem defender, tenham é vergonha só falta pedirem para que seja o chefe do estado maior a ir para os postos de vigia fazer a segurança
  • Carlos
    08 jul, 2017 19:44
    E preciso acabar com estes generais e coroneis de meia tijela .Nao querem culpas no cartorio? E como na proteçao civil . Rua com estes imcompetentes.
  • das Caldas
    08 jul, 2017 Caldas da Rainha 19:42
    Estavam à espera de quê? E vamos lá a ver se as coisas ficam por aqui... Eu, embora tendo sido militar da conscrição (serviço militar obrigatório-SMO), sou veterano da guerra de África (Andola), onde passei 26 meses que somados aos 24 da então, dita, "Metrópole" tendo aprendido o suficiente do sistema de valores pelos quais os militares, secularmente, se regem. Temos agora uma elite política, inclusive, Chefe Supremo das Forças Armadas, Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa que nem sequer foram à tropa, logo não fazem a mínima ideia daquilo pelo que, ainda que politicamente são responsáveis. Da oposição também nem vale a pena falar, talvez o que tem tido menor desacerto tenha vindo a ser Jerónimo de Sousa, lá está, pela sua idade presume-se que tenha ido à tropa. A Catarina Martins com toda a certeza não foi, daí que não "dê uma para caixa". A angolana Cristas é um desastre completo, nem mesmo vestindo calças de ganga, como a "madamme" faz quando visita bairros de pobres. Quanto ao caçapo de Massamá, esse então, quando militante da JSD e se aproximava a altura de "dar o corpinho ao manifesto" e cumprir o SMO, resolveu acabar com ele liderando para tanto uma iniciativa legislativa. Depois nem sempre são "os que não fazem ondas" ou os "yes men" que o poder político, numa de "nacional porreirismo" sempre procura nomear que serão os melhores, como se está a ver. Mais uma vez, reitero que as coisas andaram ao contrário; era o exonerador quem deveria ter sido exonerado!

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