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Bloco pergunta: o Porto quer um hotel no antigo Colégio Almeida Garrett?

10 jul, 2017 - 18:35

A Universidade do Porto lançou um concurso público para a "alienação ou concessão de direito de superfície do prédio" do antigo colégio.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu esta segunda-feira a necessidade de o Porto discutir qual será o destino das instalações do antigo Colégio Almeida Garrett, localizado na Baixa da cidade.

Trata-se de um espaço da Universidade do Porto que é “emblemático para a cidade e que tem neste momento problemas estruturais que estão à vista”, afirmou a coordenadora do BE.

Catarina Martins declarou que há “instituições que vão ter de mudar de espaço”, como a Academia Contemporânea de Espectáculos (ACE) e o Teatro Universitário do Porto (TUP), e que há um debate à volta do Porto ter de decidir o “que é que quer no seu centro, como é que ele pode ser vivido e como se pode ter gente dentro que não só turistas”. “É um debate muito importante”, disse a bloquista, já que se sabe que “este espaço vai ter necessariamente novos usos”.

“Acho que não nos perdoávamos se em frente a um hotel nascesse outro”, frisou Catarina Martins, quando comentou o facto de o antigo colégio estar implantado na Baixa do Porto. “Queremos mais um hotel no centro da cidade ou queremos um espaço que responda à necessidade de espaços culturais e informais dos próprios estudantes da universidade?", questionou.

O reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, esteve a acompanhar a visita da coordenadora do BE e referiu que é “bem claro que este edifício não pode continuar como está e, portanto, terá que ser encerrado".

“Iremos procurar com a ACE e com o TUP uma solução para as actividades muito importantes que se têm vindo a desenvolver”, afirmou Sebastião Feyo de Azevedo.

Em relação ao antigo Colégio Almeida Garret, o reitor da Universidade do Porto disse que a “Universidade tem a sua autonomia de gestão", mas não “pode gerir o seu património com algum tipo de limitações".

“Isto custa muito dinheiro, temos investido imenso na Cultura e no Património e, é no quadro dessa estratégia de investimento, que temos de perceber o que vai ser feito neste edifício”, acrescentou Sebastião Feyo de Azevedo.

Segundo a publicação no Diário da República, a Universidade do Porto lançou um concurso público para a “alienação ou concessão de direito de superfície do prédio designado ex-Colégio Almeida Garrett”, por um preço base de 4,768 milhões de euros. "O procedimento visa a celebração de contrato de compra e venda do espaço ou a celebração do contrato referente à cedência em direito de superfície por um período máximo de 30 anos".

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