11 jul, 2017 - 00:28
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Um total de 18 agentes da PSP vão ser acusados de tortura e sequestro de seis jovens da Cova da Moura, no concelho da Amadora, avança a edição desta terça-feira do “Diário de Notícias” e já confirmada à Renascença por fonte da Procuradoria-Geral da República.
Injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racial, são outros crimes imputados pelo Ministério Público (MP) ao grupo de polícias, entre os quais está um chefe.
Alguns dos agentes também são suspeitos de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho.
Uma subcomissária e uma agente são acusadas também pelos crimes de omissão de auxílio e denúncia.
De acordo com as conclusões do MP avançadas pelo “Diário de Notícias”, todos os agentes que estavam na esquadra de Alfragide estiveram, de uma forma ou outra, implicados.
O Ministério Público pretende levar os 18 agentes a julgamento e, por outro lado, mandou arquivar todos os processos dos polícias contra os jovens que tinham sido constituidos arguidos por tentativa de invasão da esquadra.
Mas, de acordo com a Judiciária, a investigação "demonstrou que tal narrativa não era verosímil".
A fase de investigação demorou e esteve a cargo da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária, numa acusação sem precedentes em Portugal.
O caso remonta a Fevereiro de 2015 e aconteceu na esquadra de Alfragide, que serve o bairro da Cova da Moura, de maioria cabo-verdiana, na sequência da detenção arbitrária de um jovem após o apedrejamento de um carro da polícia.
[notícia actualizada às 11h30]