17 jul, 2017 - 17:53
A estação do metro de Arroios, em Lisboa, vai encerrar na quarta-feira para obras de reabilitação. A empresa prevê que a estação seja reaberta em 2019.
Segundo informação disponibilizada no “site” da transportadora, as alterações têm um custo previsto de 7,5 milhões de euros e permitirão "a circulação de comboios de seis carruagens em toda a linha Verde" (Cais do Sodré-Telheiras), o que evitará os "constrangimentos pontuais que se verificam na hora de ponta da manhã na estação de Cais do Sodré", já a partir de quarta-feira.
O anúncio das obras, em Maio deste ano, foi criticado pela União das Associações de Comércio e Serviços de Lisboa (UACS), que considerava "inacreditável" que o Metro de Lisboa não tivesse informado os comerciantes.
"Parece-me inacreditável, e de um autoritarismo total, que o Metro vá fazer obras sem dizer se serão só subterrâneas ou à superfície também", disse então à agência Lusa a presidente da UACS, Carla Salsinha.
A UACS pediu na altura esclarecimentos de como iria ser a obra, porque existiam informações não oficiais sobre o decorrer dos trabalhos, o que preocupava os empresários.
Embora os comerciantes não questionassem as obras – por ser “óbvio que têm de ser realizadas", sublinhou Carla Salsinha –, a preocupação passava pelo encerramento das saídas das estações de metro, que "faz com que as pessoas façam percursos completamente diferentes e já não passem nos comércios a que estão habituadas".
As obras decorrem numa estação apontada pelo Metro como sendo "envelhecida e desadequada aos padrões de mobilidade e de acessibilidade atuais", e este projecto visa também uma melhoria na acessibilidade da estação entre a superfície e o cais de embarque, modernização de equipamentos, sistemas e instalações.
A rodoviária Carris irá durante o período de obras reforçar carreiras de autocarros, como é o caso daqueles que fazem a ligação Anjos-Alameda ou que servem as estações de metro de Anjos e Alameda.
De acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, apresentado em maio, o serviço vai ter mais duas estações até 2022 (Estrela e Santos), com o custo estimado de 216 milhões de euros, com recurso a fundos comunitários e a empréstimo no BEI – Banco Europeu de Investimento.