25 jul, 2017 - 23:02
Cerca de 500 pessoas tiveram de abandonar as suas casas esta terça-feira à noite, devido ao incêndio que deflagrou, cerca das 18h00, em Setúbal e que ameaçou várias habitações nas zonas da Reboreda e do Viso, revelou a presidente da Câmara à Renascença.
Segundo Maria das Dores Meira, a Câmara Municipal de Setúbal disponibilizou várias instalações, nomeadamente a escola do Casal das Figueiras, bem como refeições para as pessoas que foram retiradas das suas casas.
A autarca adiantou que uma parte do incêndio, por detrás do hospital da Luz já está controlada e que a outra parte, numa encosta da Reboreda, "está à ceder aos meios colocados no terreno". No combate às chamas estão envolvidos 119 operacionais, apoiados por 43 viaturas de diversas corporações do distrito de Setúbal.
São esperadas ainda esta noite reforços provenientes de Évora e Lisboa para ajudar a fazer o rescaldo. "Só depois de feito o rescaldo definitivo é que as pessoas poderão voltar às suas habitações", explica.
Na zona da Reboreda, há centenas de pessoas na rua, muitas delas com máscara devido ao fumo intenso que ainda se faz sentir naquela zona urbana da cidade de Setúbal.
O posto de comando da protecção civil foi instalado no Hospital da Luz, bastante próximo da zona onde deflagrou o incêndio. A unidade de saúde não chegou a ser afectada, devido à mobilização de um forte efectivo de bombeiros.
Segundo Maria das Dores Meira, terão sido evacuados cerca de uma centena de habitações, bem como o hotel do Sado, que "estava praticamente cheio".
Os clientes foram distribuídos por diversas unidades hoteleiras do distrito de Setúbal.
Segundo fonte da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), um infantário foi também evacuado devido a este incêndio.
As evacuações do infantário e do hotel "foram feitas por precaução", não se tendo registado "nenhum incidente".
O incêndio evoluiu para perímetro urbano, ameaçando neste momento algumas habitações, nas localidades de São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça.
Um bombeiro, um agente da PSP e um popular tiveram já de receber assistência hospitalar devido à inalação de fumos.