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Presidente da Câmara de Mação fala de “situação inimaginável”

25 jul, 2017 - 19:36

Já foram evacuadas mais de 10 aldeias, num total cerca de 200 pessoas. Vasco Estrela diz que alguém vai ter de explicar a alocação de recursos quando a situação acalmar.

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O presidente da Câmara de Mação não deixa margem para dúvidas sobre o estado do incêndio que continua a ameaçar o seu concelho. “A situação continua péssima, devastadora, não vemos forma de melhorar ou resolver isto”, diz, em declarações exclusivas à Renascença.

“Há várias povoações em perigo ou com perigo potencial, portanto vamos ver como podemos tentar defender essas localidades e tirar as pessoas das aldeias, para evitar que haja dramas humanos. Há situações a verificar agora, como em Degolados, para ver o que aconteceu e como poderemos obviar este problema”, acrescenta, sublinhando que já foram evacuadas mais de 10 aldeias num total de perto de 200 pessoas.

“Algumas não regressaram a casa ainda, outras já. É uma situação inimaginável que não se previa que pudesse acontecer.”

Com as duas habitações permanentes que arderam em São João esta terça-feira sobe para sete o número total de casas ardidas. Mas é cedo para calcular os danos materiais, diz Vasco Estrela. “São levantamentos que terão de ser feitas agora há medida que o tempo for passando e que seja possível entrar nas localidades, falar com as pessoas e ver os danos causados.”

Depois de o ter feito na noite de segunda-feira, Vasco Estrela volta esta terça a criticar os responsáveis pela distribuição dos meios, mas sublinha que para um fogo desta dimensão “os meios nunca são os suficientes” e que “não se consegue resolver estes problemas enquanto não houver uma intervenção estrutural na floresta.”

“O que posso dizer é que os meios que estiveram presentes em Mação tiveram como consequência aquilo que já aconteceu e aquilo que possa acontecer. Os meios que estiveram noutros teatros de operações tiveram outras consequências, espero que não tenham tido situações tão dramáticas como nós. A partir daí tiramos as devidas ilações e quem tomou as decisões será naturalmente responsável por elas”, afirma Vasco Estrela.

“Enquanto Presidente da Câmara de Mação é meu direito saber o que aconteceu, porque tenho a obrigação de explicar a este povo porque sofreu o que está a sofrer”, termina.

Comentários
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  • mara
    26 jul, 2017 portugal 04:03
    Uma vergonha que estes monstros estão a fazer neste País, isto é terrorismo puro e merece ser castigado.
  • emigrante
    26 jul, 2017 Londres 02:48
    Os sábios que culpam os eucaliptos e pinheiros pelos incêndios, só revelam ignorância. No dia em que se acabe com estas arvores e só crescer o mato nesses terrenos, os ventos vão soprar o fogo a uma velocidade que vão atingir as povoações mais rápido, as arvores servem de barreiras aos ventos. Basta lembrar os fogos nas encostas das serras californianas, mesmo com os bombeiros mais bem equipados do mundo com aviões a espalhar líquidos retardadores nada os consegue parar. Façam experiencias e vão ver os resultados.
  • emigrante
    26 jul, 2017 Londres 02:47
    Os sábios que culpam os eucaliptos e pinheiros pelos incêndios, só revelam ignorância. No dia em que se acabe com estas arvores e só crescer o mato nesses terrenos, os ventos vão soprar o fogo a uma velocidade que vão atingir as povoações mais rápido, as arvores servem de barreiras aos ventos. Basta lembrar os fogos nas encostas das serras californianas, mesmo com os bombeiros mais bem equipados do mundo com aviões a espalhar líquidos retardadores nada os consegue parar. Façam experiencias e vão ver os resultados.
  • João
    26 jul, 2017 Covilhã 01:59
    Em vez de andarem preocupados a dar direitos que metade da população não quer nem precisa, preocupem-se com a destruição do país e do planeta. Algo que apreendi na minha escola, foi a beleza das Florestas do nosso pais, a Importância Histórica do Pinhal de Leira. Infelizmente, as notícias que se avizinham é: "Portugal é o principal país de percentagem de terra queimada". Mais, vamos ver como ficam os negócios das serrarias? Por várias estradas o que se vê é madeiros a aproveitar esse "ouro negro". Há custa de um pais, enriquecem meia dúzia, que (apenas suponho) não se importam com a destruição do país. Não podendo deixar em claro a boca aberta da oposição. Se isto está mal. não é a mandar bocas que isto se resolve. Que se preocupem a dar sugestões (que são precisas), em vez de criticarem o governo e não fazer nada. Deixo uma ultima mensagem de solidariedade, para com todos os Portugueses que sofrem com estes atos de terrorismo
  • ana
    26 jul, 2017 lx 00:28
    Não aumentem as penas de prisão para estes terroristas, para 25 anos ou mais, que não é preciso... podíamos ser o país com a floresta mais organizada, com as melhores espécies plantadas, com os melhores caminhos e aceiros, com a melhor prevenção e melhores bombeiros do mundo, mas enquanto houverem 200/300 ignições por dia (quase todas por mão criminosa) nunca resolverão o assunto dos fogos... nestes concelhos da sertã, mação, proença, vila velha, castelo branco, todos os dias aparecem incêndios em sítios iguais, durante vários dias seguidos, muitos às tantas da madrugada... claro que alguma vez tinha de se tornar insustentável como aconteceu agora... há terroristas a queimar as florestas todos os dias... a justiça é o pior deste país, as leis não prestam, a justiça e os politiqueiros ainda não perceberam que só dando penas grandes de 25 anos a estes terroristas, para que os que cá estão fora ganhem medo e pensarem 10 vezes antes de os atearem, é que começam a resolver o problema fulcral... neste momento dá-se penas suspensas de 3 ou 4 anos, ou penas efectivas de 1 a 2 anos, onde voltam a colocá-los passados uns meses as mesmas pessoas... enquanto não perceberem isto de uma vez por todas, nunca se resolverá o problema dos incêndios.
  • BMSS
    25 jul, 2017 Braga 23:40
    Com a seca que paira no nosso país, fico espantado com admiração do Sr. Presidente. Têm de acabar com a plantação de pinheiros e eucaliptos e de construir casas junto dos mesmos. Parece que não acompanham o que se passa no mundo com as alterações climáticas. Esse senhor por acaso sabe que no Alasca, onde há dez anos os habitantes das aldeias mais remotas chegavam a estar vários meses sem poderem sair das suas cabanas por causa das tempestades de neve, agora, as nascentes estão a secar e os rios estão cada vez com menos caudal. Deixem-se de andar a discutir quantos pessoas morreram, onde começaram os incêndios o que os provocou, a virem para as televisões fazerem afirmações que não parecem de pessoas que ocupam cargos públicos de responsabilidade, não vejam só jogos de futebol e os debates nas comissões de inquérito da Assembleia da Republica, com discussões que nunca dão em nada. Vejam os canais temáticos onde falam das alterações climáticas que está a sofrer o nosso planeta e das consequências que vamos sofrer, sem podermos fazer nada, porque contra a mãe natureza não há meios para a combater. Já agora envio as minhas condolências à senhora advogada que perdeu o marido e filho no incêndio de Pedrogão e que quer pedir responsabilidades ao governo pela morte do filho. Não leu ou ouviu as declarações de pessoas que estavam no mesmo local que conseguiram escapar às chamas porque tinham um carro que não era feito de plástico. Eles estavam a passar há hora errada naquele local.
  • verdade
    25 jul, 2017 aveiro 22:22
    Sr Presidente da república deixe de comentar os incêndios matéria que desvaloriza porque não nem sabe e no contexto a linguagem de quem está à frente das operações e não sabe o que fazer da situação. Sr. Presidente não há que defender a estratégia não encobre o fracasso e o sr está a ser usado por pessoas em que a actuação não tem sido eficaz e muito menos eficiente. O planeamento é constante o vento é uma condicionante e nada mais. Solidariedade sim incongruência não. Saiba separar as águas da abnegação dos operacionais à responsabilidade dos responsáveis.
  • ftasva
    25 jul, 2017 barcelos 22:14
    corram com essa seita da proteção civil e entreguem os incêndios aos bombeiros, verão que não haverá tantas desgraças.
  • Manuel
    25 jul, 2017 Rio de Moinhos - Abrantes 22:11
    Nesta legislatura deve ser feito o que é imperativo fazer. Na área ardida não mais ser permitido plantar espécies vegetais ciclicamente sujeitas a fogos de difícil combate. O cadastro florestal é outro assunto que deve avançar. Identificar os proprietários tal como já se faz com os prédios. E por fim, entregar a especialistas em ordenamento do território independentes de ideologias partidárias, as linhas mestras do desenvolvimento das áreas ardidas e outras áreas desordenadas.
  • Jose Justino
    25 jul, 2017 Beja 22:03
    Enquanto formos governados por garotos não resolvemos o problema dos incêndios e do País.

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