26 jul, 2017 - 18:50
O incêndio que lavra em Mação passou esta quarta-feira à tarde para o concelho de Vila Velha de Ródão e obrigou à evacuação da localidade de Gardete, disse à agência Lusa o vice-presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão.
Duas dezenas de habitantes desta localidade estão a ser levados para Fratel.
"Temos uma situação muito grave. O incêndio de Mação chegou ao concelho de Vila Velha de Ródão, junto à aldeia de Gardete, quase na extremidade do concelho", explicou José Manuel Alves, cerca das 17h30.
"A situação é muito crítica, mas não há ainda casas ardidas", disse.
Quanto à situação do fogo no resto do concelho, José Manuel Alves sublinhou que está calma, sendo que o foco das atenções está agora centrado em Gardete.
O concelho de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, está também a ser atingido por um fogo florestal que deflagrou no município de Castelo Branco no domingo.
Segundo a página na internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), nesta final de tarde estão no terreno a combater este fogo 412 operacionais, apoiados por 128 viaturas e três meios aéreos.
O fogo de Mação (distrito de Santarém) teve origem no concelho da Sertã (distrito de Castelo Branco), que também chegou a Proença-a-Nova.
Arderam mais duas casas em Mação
Duas casas arderam durante a tarde em aldeias do concelho de Mação, avança o autarca Vasco Estrela.
Em informação prestada aos jornalistas cerca das 18h00 de hoje, Vasco Estrela disse que ardeu uma casa de primeira habitação na aldeia de Casas da Ribeira, habitada por uma idosa, e que na povoação estão ambulâncias e outros veículos de transporte para retirar cerca de 30 idosos que ali residem.
De acordo com o autarca, outra habitação, esta devoluta, em São José das Matas, também foi consumida pelas chamas.
Vasco Estrela disse ainda que o número de frentes de fogo no concelho de Mação aumentou, durante a tarde, de três para "quatro ou cinco".
"A situação não melhorou nada, pelo contrário, piorou. Neste momento, com alguma certeza, podemos estar a falar de quatro ou cinco frentes de fogo, perfeitamente autónomas, para além de tudo o que pode estar pelo meio de todo o fogo e que não conseguimos controlar e perceber bem o que está a acontecer", argumentou.