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Mação pede estatuto de calamidade ao Governo

31 jul, 2017 - 21:30

Há "14 casas de primeira habitação ardidas, total ou parcialmente, mais de 30 aldeias atingidas pelo fogo, 10 pessoas feridas, e mais de 18 mil hectares de área florestal destruídos, para além de barracões, palheiros, material agrícola e viaturas".

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Mação vai pedir ao Governo a declaração de calamidade pública no concelho, na sequência do levantamento dos prejuízos resultantes dos incêndios que ali lavraram entre os dias 23 e 27 de Julho, anunciou o presidente da autarquia.

"A estupefacção e a revolta aumentam à medida que vamos tendo conhecimento da verdadeira dimensão da tragédia", disse à agência Lusa Vasco Estrela, tendo referido que o último levantamento aponta para "14 casas de primeira habitação ardidas, total ou parcialmente, mais de 30 aldeias atingidas pelo fogo, 10 pessoas feridas, e mais de 18 mil hectares de área florestal destruídos, para além de barracões, palheiros, material agrícola e viaturas".

Segundo o autarca daquele município do distrito de Santarém, "a tragédia é de tal dimensão" que a autarquia decidiu, em reunião de executivo, pedir ao Governo o estatuto de território de calamidade pública", uma medida que o presidente da Câmara de Mação disse ser "inevitável" para poder revitalizar e recuperar tudo o que ficou destruído num incêndio que principiou no domingo à tarde na Sertã, em Castelo Branco, e que alastrou aos municípios de Proença-a-Nova e Mação (este último já no distrito de Santarém).

"Este estatuto é importante para podermos ter uma série de instrumentos que podem, eventualmente, vir a ser utilizados para tentarmos retomar a actividade normal do concelho, e para que possamos ter acesso a outro tipo de procedimentos administrativos e, ou, eventualmente financiamentos para tentar repor a normalidade no concelho", observou.

O autarca disse ser "justo que esta declaração seja reconhecida pelo Governo, apesar de não ser obviamente nada de agradável que tal tenha de ser pedido", afirmando estar "à espera" de explicações para a dimensão a ocorrência e e para os prejuízos.

"São devidas explicações e justificações a Mação e comecei a pedi-las logo no primeiro dia de fogo e sem conhecer as proporções dantescas que o incêndio viria a tomar, pelo que irei até às últimas consequências para que me sejam dadas explicações sobre o número de meios, a forma como os posicionaram num incêndio que começou na Sertã e sejam apuradas responsabilidades e identificados os responsáveis pelas decisões tomadas", afirmou.

"Se os meios no terreno eram os suficientes, como sempre me disseram, como é que ardem três concelhos e só num deles, no de Mação, ardeu mais do dobro do que nos outros dois? Não me calarei nem que tenha de solicitar uma acção inspectiva à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e a quem tomou as decisões", assegurou.

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