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Seca agrava-se. Há menos água em todas bacias hidrográficas

01 ago, 2017 - 07:28

18 das 60 bacias analisadas têm disponibilidades hídricas inferiores a 40%.

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A quantidade de água armazenada em Julho desceu em todas as bacias hidrográficas de Portugal continental, comparativamente ao mês anterior, segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

No último dia de Julho, comparativamente a igual período do mês anterior, das 60 albufeiras monitorizadas verificou-se uma descida em todas as bacias, de acordo com o boletim de armazenamento de albufeiras do SNIRH, hoje divulgado.

Das 60 albufeiras monitorizadas, 11 apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 18 têm disponibilidades inferiores a 40%.

Os níveis mais elevados de armazenamento ocorreram nas bacias do Ave (86,1%), Guadiana (72%), Cávado (68,4%), Lima (67%), Tejo (67,1%), Mondego (66,4%), Barlavento e Douro (66,3%), Mira (60,1%), Arade (52,6%), Oeste 851,4%) e Sado (23,4%).

O SNIRH indica que os armazenamentos de Julho de 2017, por bacia hidrográfica, apresentaram-se inferiores às médias dos valores do mesmo mês nos períodos referência de 1990/91 a 2015/16, excepto para as bacias do Cávado/Ribeiras Costeiras, Ave e Arade.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira, segundo o SNIRH.

A 26 de Julho, o Governo reconheceu a existência de uma situação de seca severa no território continental, desde 30 de Junho, que consubstancia um fenómeno climático adverso, com repercussões negativas na actividade agrícola, em despacho publicado em “Diário da República”.

No preâmbulo do diploma, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, recorda que o ano hidrológico 2016/2017 se tem caracterizado, em termos gerais, por “um défice de precipitação, valores das temperaturas média e máxima muito acima do normal”, em particular desde o início da primavera, com ondas de calor durante dias consecutivos, baixo teor de água no solo e disponibilidades hídricas abaixo das médias de armazenamento.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a situação de seca extrema agravou-se no interior do Alentejo na primeira quinzena de Julho, mas a seca severa melhorou ligeiramente, sobretudo na região Norte de Portugal continental.

No final de Junho, quase 80% de Portugal continental estava em situação de seca severa e extrema, de acordo com o boletim climatológico do IPMA, que caracterizou aquele mês como “extremamente quente e muito seco”.

Comentários
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  • Lurdes
    01 ago, 2017 Maceira 11:14
    Façam mais fogos e plantem mais eucaliptos :/
  • rib
    01 ago, 2017 PORTO 11:02
    É mau. A água é um elemento da natureza fundamental. Só em jeito de brincadeira, quando a natureza nos oferece um pouco de chuva, só ouço as pessoas dizerem que está mau tempo, até a comunicação social. As pessoas só sentirão o problema quando não tiverem água para suprir as necessidades primárias.
  • Jaime Menezes
    01 ago, 2017 Paço de Arcos 10:11
    Depois dos incêndios a seca severa e a inquestionável responsabilidade do governo, da maioria que o sustenta, pois nada disto aconteceria se a coligação de direita ainda governarnasse...A insistência quotidiana de todos os media, incluindo os do sector publico, no detalhe das tragédias é mórbida, num conjunto de queixumes para significar que tudo está mal, nada se aproveita, atuarda com eco na intervenção, no programa Antena Directa da Antena 1, de um patético velho do Restelo que apelou ao presidente da republica para demitir o governo e nomear um de salvação nacional.....
  • AM
    01 ago, 2017 Lisboa 10:06
    Daqui a nada, temos os barcos a encalhar mais as motos de agua ...
  • António Cunha
    01 ago, 2017 Setúbal 09:31
    Fogos, seca, eucaliptos, alterações climáticas, Almaraz, ... Algo me diz que 'isto' não vai terminar bem com uma grande culpa dos governos que sucederam no poder desde há mais de 30 anos.

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