14 ago, 2017 - 08:31
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Entre Câmaras, juntas de freguesia, movimentos de voluntários e ainda uma plataforma tecnológica, são várias as alternativas para trocar manuais escolares disponíveis no país. O objectivo é a reutilização dos livros e a poupança das famílias.
Em 2016, nos 93 bancos de troca dos distritos do Porto, Braga e Setúbal, foi possível poupar 680 mil euros – mesmo com uma reutilização de apenas 20% dos manuais entregues.
A notícia é avançada esta segunda-feira pelo “Público”, segundo o qual os 159 mil livros doados naqueles três distritos custariam 3,3 milhões de euros às famílias, se fossem comprados novos.
O facto de mais de 80% dos livros não terem sido reaproveitados evidencia as fragilidades do sistema, diz também o jornal.
É que muitos dos livros disponíveis estavam estragados (faltava a capa ou folhas ou estavam muito riscados), o ISBN (número que serve de bilhete de identidade dos livros impresso na contracapa) não coincidia com o ISBN publicado pelo Ministério da Educação – o que acontece mesmo em casos de livros com alterações menores – o livro deixou de ser escolhido pela escola ou terminaram os seis anos de validade previstos na lei.
Além dos bancos gratuitos de troca de manuais escolares, foi criada uma plataforma digital (Book on Loop) que vende os livros a 60% a 80% do preço de mercado.
A política de reutilização dos manuais escolares foi também introduzida pelo Governo no passado ano lectivo, apenas para o primeiro ano, e irá estender-se agora a todo o primeiro ciclo do ensino público.
Segundo os números provisórios do Ministério da Educação, pelo menos 18 mil manuais do 1º ano vão ser reutilizados no ano lectivo de 2017/18.
Segundo as contas da Comissão do Livro Escolar da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), o cabaz médio dos manuais escolares para o próximo ano lectivo tem o valor de 112,5 euros. O 11º ano é o mais caro, com quase 200 euros de total em livros.