Incêndios já fizeram 55 feridos. Quatro são graves

São já 55 os feridos provocados pelos incêndios que lavram no país desde quarta-feira. Do total, quatro estão em estado grave, afirmou esta terça-feira a adjunta de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

No “briefing” diário desta manhã, Patrícia Gaspar afirmou que a noite foi de muito trabalho e que as atenções se centram nesta altura “em duas ocorrências de muito significado”, com mais de mil operacionais no terreno.

Essas ocorrências situam-se em Louriçal do Campo/Fundão e Vila de Rei, ambos nos distritos de Castelo Branco.

O fogo lavra com violência e obrigou à retirada de várias pessoas de casa durante a tarde e noite de segunda-feira: no Louriçal, um casal de idosos; em Vila de Rei 11 pessoas e no Fundão cinco que já regressaram a casa.

“Em muitos casos, houve uma deslocação temporária, preventiva”, sublinhou Patrícia Gaspar no “briefing” desta manhã.

No Fundão, na segunda-feira, várias casas já arderam na aldeia histórica de Castelo Novo, uma das que ficou rodeada pelas chamas.

No terreno mantêm-se todos os meios de reforço e a ajuda da União Europeia e de Marrocos, adiantou ainda a adjunta de operações da Protecção Civil.

O fogo ainda obrigou ao corte de várias estradas, mas apenas a Nacional 18 se mantém com a circulação condicionada.

Face às previsões da meteorologia, que apontam para a continuação de tempo quente, o país vai permanece em alerta laranja pelo menos até ao final do dia de quarta-feira.

Até agora, foram accionados seis planos de emergência municipal (nos concelhos de Miranda do Corvo, Coimbra, Cantanhede, Ferreira do Zêzere, Vila de Rei e Fundão) e um plano distrital de emergência activo (Coimbra).

Na segunda-feira, foram registados 148 incêndios, a maior parte dos quais no distrito do Porto (47), seguido dos distritos de Braga e Viseu (ambos com 14). Desde as zero horas desta terça-feira, e até à hora do "briefing" da Protecção Civil (9h00), foram registadas 30 ocorrências.

As mais significativas são as que decorrem no distrito de Castelo Branco, estando outras duas – em Abrantes e Ferreira do Zêzere – em fase de resolução.