16 ago, 2017 - 19:07
A equipa de técnicos que está a investigar a queda de uma árvore que matou 13 pessoas na terça-feira, no Largo da Fonte, Funchal, revelou esta quarta-feira que é ainda "muito prematuro" avançar os motivos que provocaram o acidente.
"Apenas iniciámos os trabalhos, a peritagem, a parte fitossanitária e a parte biomecânica da árvore e também de todo o espaço envolvente e amanhã [quinta-feira] prosseguiremos os trabalhos e mais averiguações com mais detalhe", disse José Carlos Marques, director do Departamento de Ciências e Recursos Naturais da Câmara do Funchal.
Além deste responsável, a equipa técnica é composta por um perito exterior, Pedro Ginja, do Instituto Superior de Agronomia, pelo responsável dos Espaços Verdes da autarquia funchalense, Francisco Andrade, e ainda por Rocha da Silva, que foi indicado pela Diocese do Funchal para acompanhar os trabalhos.
Ainda não está totalmente esclarecida a posse legal sobre o jardim onde se encontrava o carvalho centenário que matou 13 pessoas no dia de Nossa Senhora do Monte, a padroeira da Madeira, mas tudo indica que o proprietário é a Diocese do Funchal e o responsável pela gestão do espaço é a Câmara do Funchal, situação que explica a presença de técnicos indicados pelas duas partes.
José Carlos Marques explicou, por outro lado, que o Largo da Fonte, no centro da freguesia do Monte, vai continuar interdito à circulação de pessoas enquanto decorrerem os trabalhos de peritagem, não sendo ainda possível indicar quantos dias vão durar.
"É prematuro dizer hoje quando é que terminam as peritagens", vincou, realçando, porém, que a área, rodeada de árvores centenárias de grande porte, está vedada não por constituir um risco para segurança das pessoas, mas sim para não evitar interferências nos trabalhos.
A equipa de técnicos retoma quinta-feira as investigações e, no final do dia, fará o novo balanço.
A queda do carvalho matou 13 pessoas e feriu 49 ocorreu no Largo da Fonte, durante a celebração da Festa do Monte, em honra da padroeira da ilha.
Oito das vítimas mortais são do sexo feminino e cinco do masculino, sendo uma criança de 1 ano e as restantes com idades entre os 28 e 59 anos. Uma mulher francesa e outra húngara estão entre os mortos.
No dia da tragédia, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito.