16 ago, 2017 - 07:05
O secretário de Estado da Administração Interna está convicto de que a maior parte dos incêndios que começam em Portugal são desencadeados por mão criminosa.
“Não é só a meteorologia. A meteorologia pode criar condições para o incêndio se desenvolver mais rapidamente, mas é preciso sempre um factor que crie a primeira ignição”, começa por dizer em declarações à SIC.
Como exemplo, Jorge Gomes dá o incêndio em Castelo Branco. “houve mais de 20 tentativas até que o incêndio se iniciou de facto”.
“Essas 20 e tal tentativas conseguiram ser resolvidas de imediato. Mas nós também não temos meios para andar a apagar assim tanto incêndio ao mesmo tempo”, acrescentou.
Enquanto falava à televisão, notou ainda, “já se iniciaram dois incêndios. Isto não é normal, não é natural. A esta hora, iniciarem-se incêndios, é qualquer coisa que está a correr menos bem e, na minha opinião, são mãos criminosas”, sustentou.
O secretário de Estado esteve na última noite, no Fundão, concelho onde desde domingo lavra um incêndio de grande dimensão, que tem dizimado Serra da Gardunha (Castelo Branco).
Face à violência das chamas, a Câmara Municipal de Castelo Branco decidiu activar o plano municipal de emergência.
Esta quarta-feira de manhã, são seis os grandes incêndios activos no país. Estão a ser combatidos por 1.660 operacionais, apoiados por 472 veículos. Três destas ocorrências são em Castelo Branco.
No concelho de Mação (distrito de Santarém), foram retiradas de casa, durante a madrugada e por precaução, cerca de 20 pessoas, que estão a receber apoio psicológico.