Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Madeira. Árvore que caiu não estava sinalizada, garante autarca

15 ago, 2017 - 19:22

Queda de árvore na Madeira esta terça-feira fez, pelo menos, 13 mortos e 49 feridos.

A+ / A-
Madeira. Queda de árvore faz dezenas de mortos e feridos
Madeira. Queda de árvore faz dezenas de mortos e feridos

O presidente da câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, garante que a árvore que caiu esta terça-feira na Madeira não é um plátano, mas sim um carvalho, e que nunca esteve sinalizada como estando em perigo de queda.

“Aquela árvore nunca esteve sinalizada como perigo de queda e nunca deu entrada nos serviços camarários qualquer queixa com vista à sua limpeza ou abate”, disse em conferência de imprensa no Funchal.

Em conferência de imprensa, o autarca afirma que a árvore estava num terreno privado e que "não estava amarrada a qualquer cabo". "Isso acontecia em outras árvores, que não foram afectadas".

Paulo Cafôfo sublinhou também que "a árvore que caiu não estava amarrada a qualquer cabo", mencionando que esta situação acontece entre um plátano, um loureiro e um til, que "não foram afectados" e estão relacionados com uma decisão tomada pela anterior vereação, liderada por Miguel Albuquerque, actual presidente do executivo madeirense, devido a "uma fissura" que neste momento "já está consolidada e não oferece perigo".

Ainda referiu que o Largo da Fonte "padece de um problema histórico de ramagens de plátanos, com o qual a Câmara do Funchal tem vindo a lidar de forma responsável ao longo dos últimos anos".

Informou que, tendo em conta a realização da festa do Monte, os serviços municipais procederam à limpeza de todos os plátanos naquela zona e, desde 2014, procedeu ao abate de 11 árvores de porte diversos naquela freguesia que "apresentavam problemas estruturais que foram detectados".

"A Câmara Municipal do Funchal assumirá todas aquelas que forem as suas responsabilidades", declarou.

"Assumo, pessoalmente, que tudo faremos na prossecução das respostas que se exigem e no esclarecimento rigoroso, transparente e cabal daquilo que aconteceu hoje no Monte", afirmou, adiantando que será efectuada uma peritagem, "a partir de amanhã [quarta-feira], por uma empresa especializada, em parceria com uma técnica do Instituto Superior de Agronomia".

"Não há palavras para exprimir o choque e o sofrimento que volta a assolar o concelho em mais este momento de perda colectiva", sublinhou o autarca funchalense, informando que o município está a trabalhar em "articulação" com o Governo Regional e outras entidades no apoio aos familiares das vítimas.

Cafôfo referiu que "não foi convidado" para a conferência de imprensa convocada pelo executivo madeirense para fazer o ponto da situação, mas recusou "entrar em polémica".

O presidente da Câmara adiantou também que a autarquia decretou três dias de luto.

Fonte do gabinete da presidência da Câmara do Funchal disse à agência Lusa que devido a esta tragédia foram cancelados o concerto comemorativo do Dia da Cidade e o espectáculo de luz e cor na fachada do edifício da autarquia.

Também a sessão solene, no dia 21 de Agosto deverá decorrer com sobriedade.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Pedro
    16 ago, 2017 Braga 12:12
    Só faltava esta...Querem ver, a incompetência dos serviços, chegou até ao ponte de sinalizarem mal a árvore...Um País que se está a transformar numa bandalheira total...Uma vergonha...
  • Será?
    16 ago, 2017 Ma 10:17
    Que tudo isto agora passa à judicialização?...Pelo que se tem ouvido as reclamações feitas eram sobre os platanos e não sobre um carvalho que até aparentava estar em condições face à folhagem que apresentava! Será que vai ser preciso radiografar todas as arvores? Se a tivessem cortado estavam os ambientalistas a reclamar que era inadmissível cortarem árvores! Haja bom senso, pois há situações que ultrapassam o que por vezes julgamos dominar! A ciência está avançada mas não dpminamos tudo! Há tragédias que acontecem mesmo sendo previstas.A variavel tempo ainda domina sobre a vontade dos humanos!...
  • MAMM
    16 ago, 2017 Sintra 07:54
    Para que não restem dúvidas então, a Câmara que publique a lista das árvores sinlizadas nos últimos 2 anos e o que foi neste período a estas arvorés. Quanto a polemica se a Junta tinha avisado ou não Câmara, se a árvore e privada ou não é fácil, mos trem os comprovativos e assim acaba a polemica.
  • passado adiado
    16 ago, 2017 lisboa 06:52
    porque será que os políticos ainda acreditam que nós - o cidadão comum - acreditamos na conversa deles? será que ainda não viram que a conversa deles nem para encher pneu já não dá?
  • Filipe
    15 ago, 2017 évora 23:52
    É absolutamente fabulosa aquando duma tragédia seja incêndios ou queda de árvores ou afins onde alegadamente afeta o espaço público e contamina a vida do povo , seja por ferimentos ou mortes não programadas , virem a público logo seguidamente entidades do Estado representadas por autênticos vendedores de sonhos e aldrabas , deitarem lama na cara do povo e empurrando sempre as responsabilidades para o além ... Ou melhor , este senhor vem para a TV e jornais sacudir a água do capote , fazendo transparecer que acontece porque aconteceu e já está ! Então pergunta-se , na vida de um Carvalho com a idade do que este da Madeira , quantas vezes foi feita manutenção ao mesmo ? É que pelas palavras arrogantes deste Presidente de Câmara , parece que o que nasce serve só para deitar água e cair mais tarde em cima das pessoas ! Este senhor tal como outros responsáveis indiretamente por mortes em Portugal , deviam logo ser PRESOS preventivamente e enviados para Évora , não é o Sócrates que foi preso sem ter matado sequer uma mosca ou deitado fogo a pessoas vivas , que vai preso por 100 polícias , mantido preso por um juiz oriundo da máfia política e ainda hoje estão a descobrir a razão porque o prenderam ! Deviam as entidades competentes , Ministério Público e Conselhos da Magistratura , refletirem e pensarem em expulsar gente moribunda na justiça , tal como Xanana Gusmão deitou fora uns quantos da sua terra ! Basta em Portugal de não existirem responsáveis seja indiretos por mortes !
  • Carlos
    15 ago, 2017 Brasil 21:32
    Espero que o povo português possa ser confortado por Jesus Cristo nesta tragédia, pois Ele sim, é digno de todo louvor. Não há necessidade de promessas e penitências. Jesus veio ao mundo justamente para dar vida em abundância. As coisas antigas ficaram para trás, pois o Salvador veio e estabeleceu a Nova Aliança. Busquem a Palavra de Deus e lá terão conforto e remissao de pecados.
  • MF
    15 ago, 2017 Oeiras 21:11
    As pessoas têm a expectativa que os serviços competentes, neste caso, a Câmara cumpra com as normas de segurança e inspecione os espaços públicos para prevenir acidentes.
  • OSAF
    15 ago, 2017 Portugal 20:02
    Será a culpa do Governo Central? Aguardamos os comentários hilariantes do Sr. Passos Coelho e da Sra. Cristas.

Destaques V+