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Fogo causou 86 feridos numa semana e mais de 100 deslocados num dia

17 ago, 2017 - 09:20

Mação continua a ser o incêndio que mais trabalho está a dar. Há quatro planos municipais de emergência activados e um distrital.

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São já 86 as pessoas feridas na sequência da vaga de incêndios que na última semana afectou a zona Centro do país. Setenta e nove têm ferimentos ligeiros e sete estão em estado considerado grave, mas “nenhuma corre risco de vida”.

Os dados foram transmitidos à comunicação social esta quinta-feira de manhã, no “briefing” diário da Autoridade Nacional da Protecção Civil.

Segundo Patrícia Gaspar, adjunta de operações do comando nacional, tiveram de ser deslocadas das suas casas 133 pessoas: 81 em Mação, 24 em Abrantes e 28 no Sardoal.

Estão activados quatro planos municipais de emergência (Ferreira do Zêzere, Vila de Rei, Fundão e Castelo Branco) e um plano distrital.

Desde a meia-noite desta quinta-feira, foram registadas 31 ocorrências, seis das quais estão em curso. Mas a que mais preocupação suscita é a de Mação, “que deu e está a dar muito trabalho aos bombeiros e agentes de Protecção Civil” e Forças Armadas no terreno.

Está montada “uma operação já com alguma complexidade”, avança a adjunta de operações do comando nacional da Protecção Civil, adiantando que já é difícil falar em frentes activas.

O incêndio “tem tido um comportamento muito complexo” e há “dois flancos com alguma continuidade”. É “uma situação muito difícil em termos de combate” e as condições meteorológicas propiciaram a propagação do fogo, explica ainda.

“Temos todos os meios disponíveis no terreno, incluindo aéreos”, diz Patrícia Gaspar. São, nesta altura (8h20), 874 operacionais, 262 meios terrestres e 13 meios aéreos (incluindo pesados).

Foram ainda mantidos todos os meios de reforço: “15 grupos portugueses e mais três módulos de Espanha”, além da ajuda de Marrocos e militares “no apoio de vigilância pós-rescaldo e na orientação logística”.

Por causa deste fogo, foi cortada a Estrada Nacional 244-3 entre Louriceira e Serra.

As chamas galgaram ainda a A23, que esteve cortada durante a noite, e já chegaram aos concelhos do Sardoal e de Abrantes, onde foi necessário retirar pessoas de casa, que estão a ser apoiadas pelos elementos da Segurança Social, do INEM e da Cruz Vermelha.

Além de Mação, o incêndio que mais meios mobiliza é o que lavra no concelho de Vila de Rei, onde estão 324 operacionais, apoiados por 99 veículos.

No distrito de Viseu, no concelho de Resende, deflagrou entretanto um outro, “que ainda não inspira preocupação de maior”.

Alerta laranja até ao fim da semana

Face às previsões meteorológicas, com agravamento das temperaturas a partir de desta quinta-feira, vento, e “humidade relativa entre 20% e 35% com tendência para reduzir”, a Protecção Civil decidiu manter o “alerta especial laranja até às 20h00 do dia 18 de Agosto”, disse a adjunta de operações do comando nacional.

Pelas mesmas razões, há um “agravamento das classes de risco de incêndio”.

Comentários
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  • Eborense
    17 ago, 2017 Évora 11:46
    Portugal é um exemplo claro de como políticos incompetentes podem destruir um País. E não atirem pedras uns aos outros, porque são todos iguais, ou seja, são todos incompetentes, incluindo os Presidentes de Câmaras, que depois do que se está a passar, daqui a um mês vão pedir votos aos portugueses para manterem o tacho. Com o meu voto empatam zero a zero.
  • 17 ago, 2017 Lisboa 10:49
    Este é dos melhores negócios do momento!!!
  • José Saraiva
    17 ago, 2017 Viseu 10:38
    No distrito de Viseu, no concelho de Resende, deflagrou entretanto um outro, “que ainda não inspira preocupação de maior”.....pelo amor de Deus..isto não são formas de noticiar, é como quem diz: AINDA HÁ MUITO PARA ARDER!
  • Tuga
    17 ago, 2017 Lisboa 10:23
    Graças a Deus que o negócio dos fogos este ano está a ser bom para os donos do negócio. Quando os eucaliptos que a assunção cristas desbloqueou o plantio começarem a arder ainda vai ser mais rentável. Este negócio só o povo poderia resolver mas este povo é cobarde e manso.
  • JC
    17 ago, 2017 charneca da caparica 10:18
    Em, Portugal o terrorismo autorizado soma e segue e o negócio vai de vento em poupa, Toma lá um pulseira paga com o dinheiro dos contribuintes e podes continuar, Ali em baixo há mais uma aldeia para queimar !!!!

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