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10 km em duas horas. “Comportamentos absolutamente extremos” do fogo em Mação

19 ago, 2017 - 10:03

Adjunta de operações da Protecção Civil fala em “permanente desafio” aos operacionais no terreno, que se dividem entre a segurança das populações e o combate às chamas. No terreno, estão mais de mil pessoas.

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Dado como dominado algumas vezes, o incêndio que consome hectares atrás de hectares em Mação tem tido “comportamentos absolutamente extremos”, afirma Patrícia Gaspar, adjunta de operações da Protecção Civil.

"Há dois dias, percorreu 10 quilómetros em duas horas. Isto não são circunstâncias normais. As próprias reactivações, quando surgem, surgem com uma enorme violência”, descreveu este sábado, no “briefing” diário aos jornalistas.

Patrícia Gaspar explicou que existe “uma grande dificuldade em acompanhar o desenvolvimento deste incêndio”, que arde “em zonas muito povoadas, com pequenas povoações dispersas, com aldeias e aglomerados populacionais” – circunstâncias que levantam “um permanente desafio e equilíbrio para os corpos de bombeiros, para as forças que estão no terreno, as Forças Armadas, as forças da GNR, os próprios sapadores florestais”.

“É o permanente acompanhar do evoluir do incêndio, combatê-lo e proteger as pessoas”, resumiu, para concluir que o incêndio no concelho de Mação “tem sido, de facto, o grande desafio dos últimos dias”.

Foi este incêndio que se estendeu ao concelho vizinho de Gavião, onde as chamas chegaram a ser dadas como extintas, mas que sofreu novo reacendimento, sendo esta manhã outro motivo de preocupação para os operacionais no terreno.

Patrícia Gaspar diz que “há um grande perímetro já consolidado”, mas ressalva que é nessas zonas que normalmente “há reactivações”.

“O vento e as temperaturas altas da parte da tarde têm favorecido as reactivações, que muitas vezes se transformam em novas frentes de incêndio”, afirma.

“A janela de oportunidade tem sido curta, ou seja, era preciso mais tempo para se conseguir consolidar este perímetro antes de voltarmos a ter um cenário meteorológico que propicie estas reactivações. À noite, a humidade relativa não tem recuperado assim tanto e de manhã começa-se logo a sentir o aumento das temperaturas”, justifica.

No terreno, no combate aos dois incêndios, está um total de 1.190 operacionais, apoiados por 366 veículos e oito meios aéreos.

Comentários
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  • al berto
    20 ago, 2017 sul 09:18
    Mação não fica longe de Tancos onde os militares do Exercito nem guardam o paiol Devem estar a dormir iu a fazer compras às senhoras para um exercito s´so com chefes e muitos generais
  • Bela
    19 ago, 2017 Coimbra 19:15
    Como se não bastasse os fogos 'supostamente surgidos do nada', frequentemente, falasse reactivações, se elas existem é sinal que o fogo foi mal apagado. Com tanta gente a apagar os fogos como é que tal é possível?
  • Manuel Silva
    19 ago, 2017 São Torcato 15:10
    Amemos o nosso Portugal. Um fósforo pode queimar um Concelho, um País! Pense bem, o arrependimento não é a solução. Respeita a natureza, ela ajuda-te a viver mais e mais feliz. Obrigado.
  • Alberto
    19 ago, 2017 Porto 13:30
    Será possível afirmar que Portugal tem tido a sorte de escapar aos atentados terroristas que assolam a Europa? Claro que não! Portugal encontra-se nos primeiros lugares das estatísticas sobre atentados terroristas. Basta verificar o número de mortos, feridos e os prejuízos materiais, sociais e psicológicos, para perceber a enorme catástrofe que se abateu nas ultimas décadas sobre este pobre País! E que tem feito a casta de políticos para resolver esta tragédia? Pelos vistos, nada! Ano após ano, continua a despejar rios de dinheiro dos contribuintes no "reforço de meios", alimentando escandalosamente esta indústria do fogo que nos tem consumido. Muitas comissões chorudas devem ser pagas aos decisores políticos para que esta situação se mantenha, dando no entanto a entender que tudo está a ser feito para acabar com o problema: "estamos a reforçar os meios de combate e para o ano estamos mais preparados blá, blá, blá, ...." Bastaria alocar uma ínfima parte do dinheiro gasto nos "meios" e canaliza-lo para a investigação (PJ, SIS, PSP, GNR) das causas. Temos profissionais capazes de descobrir quem, de uma forma coordenada, sistemática e profissional continua a pegar fogo e a destruir as nossas florestas.
  • Filipe
    19 ago, 2017 évora 13:09
    Nos incêndios descontrolados , molha-se o terreno onde não ardeu calculando-se uma trajetória possível e um perímetro possível onde irá passar . Antes ! Depois , cerca de 80% da água deitada no fogo é evaporada , pensem quando estão a grelhar um frango e deitam água nas brasas , logo depois acende novamente e talvez mais poderoso porque o fogo retira oxigénio da água . O que se demonstra hoje é não só os bombeiros não sabem prever e combater incêndios e a Proteção Civil ajuda na desgraça mais parecendo formigas com o formigueiro alagado . Cada qual espalha-se como pode ... grandes Incompetentes , dediquem-se a apanhar lixo nas ruas e limpar Wc´s , faziam melhor proveito a Portugal .
  • p
    19 ago, 2017 11:57
    INCOMPETÊNCIA AO MAIS ALTO NIVEL.
  • Manuel
    19 ago, 2017 Fundão 11:40
    É preciso que a PJ apanhe o gang que anda a incendiar o país. Em Alpedrinha, depois de o fogo estar extinto, de os militares e população terem realizado o rescaldo, surgiram 3 frentes de fogo, em redor da aldeia, ás 2 da manhã do dia seguinte. Foi cá uma curiosidade, que o fogo apareceu pouco antes de se levantar o habitual vento da madrugada. Felizmente (ou não) as 3 frentes estavam para sul e o vento era de norte... senão a aldeia teria sido consumida pelas chamas. Isto não acontece por acaso ou qualquer reacendimento de algo que ficou mal apagado. Isto acontece porque existem pessoas que os vão acendendo.
  • Albert
    19 ago, 2017 Algures pelo Mundo 10:53
    Cambada de incompetentes e de inuteis ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

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