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Aumenta o risco de escravatura moderna em Portugal

27 ago, 2017 - 12:20

Em Portugal, o aumento do risco tem que ver com a inoperância das autoridades que deveriam fiscalizar o cumprimento das leis laborais.

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Portugal está entre os 20 países europeus onde aumentou o risco de escravatura moderna em 2017, segundo notícia o Jornal de Notícias, este domingo. O diário cita um relatório da consultora Verisk Maplecroft.

Segundo aquele jornal, a maioria dos países classificados que viram aquele risco crescer teve como causa o acolhimento de refugiados e migrantes. Dois terços dos países da União Europeia viram crescer o risco de escravatura.

Em Portugal, o aumento do risco tem que ver com a inoperância das autoridades que deveriam fiscalizar o cumprimento das leis laborais, a par do aumento do trabalho temporário e dos relatos de servidão e tráfico humano, que colocam o país na categoria de risco médio de escravatura moderna.

Em Portugal há um agravamento nos "indicadores que avaliam a severidade e frequência de ocorrências", reportando-se a "relatos de formas severas de escravatura moderna, incluindo trabalhos forçados, servidão e tráfico".

O JN escreve ainda que a Autoridade para as Condições do Trabalho abriu concurso, há cerca de meio ano, para acrescentar 83 inspectores aos cerca de 300 que possuía em 2015. Nesse ano, registou-se uma redução de 56% de inspecções em relação a 2011, o período pré-crise.

Comentários
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  • Sílvia Moura
    28 ago, 2017 Braga 21:31
    Que bom governo que deixa todos esses "traficantes" actuarem sem piedade pelo ser humano. Sinto nojo do que se está a passar no meu país. Prisão para todos os mal feitores, qualquer que seja a sociedade a que pertencem.
  • Escravo explorado
    28 ago, 2017 Portugal 11:12
    As autoridades escudam-se com a crónica falta de meios, mas também há muita incompetência e deixa andar... Qualquer queixa ou cai em saco roto, ou demora meses a ver-se actuação, os tribunais estão entupidérrimos e semi paralisados e o patronato de mãos dadas com os abutres das empresas de trabalho temporário, gozam à brava com isto tudo. É uma sorte sermos um País de gente branda e sem acesso a armas como nos EUA.
  • jorge Vieira
    28 ago, 2017 Almada 07:26
    É só os imigrantes? E os trabadores portugueses , estou num sector de actividade que em 28 anos só vi igt uma vez?! Sendo um sector que mais incomprimentos tem tido,isto dito por um director da igt que depois foi afastado?!
  • Jaquinzinho
    27 ago, 2017 Mar dos Sargacos 20:32
    Acabem com as empresas de trabalho temporario (ETTs), que so o que fazem e viver a custa do trabalho alheio, e obriguem as empresas a contratar as pessoas directamente, a ver se a coisa nao melhora para todos... A excepcao, claro de quem lucra com o negocio das ETTs, mas esses que se... danem. (O teclado nao tem acentos, escusam de embirrar, ok?)
  • José António
    27 ago, 2017 Setubal 19:15
    Será caso para questionar, se o 25 de abril, não passou de uma fraude ou embuste? Carga brutal de impostos, condições laborais deploráveis, salários de miséria, em passo acelerado, estamos a voltar ao antigo regime.
  • Para refletir...
    27 ago, 2017 Almada 18:49
    As empresas que 'vendem' trabalho a outras empresas, o outsourcing ou empresas de consultoria, não sei o que fazem além de se servirem de quem trabalha. Mas os trabalhadores quem alimentam essas empresas também tem muita culpa. Se ninguém quiser trabalhar para elas, elas acabam pois não têm produção própria. Quem precisar de trabalhadores, que os contrate diretamente como era antes. Depois o problema não é só no trabalho, a falta de fiscalização existe em muitas lados. Por exemplo não há quem fiscalize os poderes. Certos problemas existem porque a imprensa censura quase tudo.
  • Valdemar
    27 ago, 2017 Lisboa 18:33
    Se não querem trabalho escravo fechem as fronteiras.Existem milhares de pessoas ,que se derem casa e comida,não se importam de trabalhar de sol a sol para receberem 200€,isto porque nos seus países nem 100€ ganham.Tudo isto é resultado das fronteiras abertas e de permitir que qualquer pessoa entre no nosso país para trabalhar,aumentando a mão de obra disponível ,é lógico pela lei da oferta e da procura,que os salários e as condições de trabalho sejam piores.Logo a solução será reduzir a oferta de mão de obra disponível ,que se sujeita a este tipo de condições.Ter bons salários não é compatível com a entrada de pessoas de países mais pobres que o nosso.Muitos portugueses ganham hoje menos ou igual,do que ganhavam em 1998,ano em que começaram a entrar milhares e milhares de imigrantes no nosso país até aos dias de hoje.
  • César
    27 ago, 2017 porto 18:18
    Existe outro lado da mesma moeda em que a solução passa por erradicar agências de trabalho temporario que crescem como ervas daninhas.
  • Jaime Macedo
    27 ago, 2017 Lisboa 17:58
    Os comentários sobre a presente notícia revelam que as pessoas leem mas não sabem interpretar o que leem. A notícia refere que o atual governo vai aumentar o número de inspetores para aumentar o número de inspeções. A razão é que na anterior legislatura, do governo de Passos Coelho, o número de inspeções caiu 56%. A interpretação feita pelos anteriores comentadores é precisamente a inversa: que a pouca fiscalização para evitar a escravatura moderna é da responsabilidade do atual governo.
  • Jorge
    27 ago, 2017 Conchinchina 17:34
    Portugal anda na contra mão dos demais países desenvolvidos e modernos. O tempo passa as pessoas são substituídas a cada dia, por máquinas e por isso os empregos serão cada vez menos para uma população terráquea crescente. Com leis esdrúxulas, capengas para a atualidade, pois que não acompanham o desenvolvimento da sociedade, que está em constante transformação, o mercado de trabalho vai sim, sendo modificado por si só, quer queiram ou não as autoridades no mundo inteiro, e aqueles que queiram trabalhar ou se libertam de "tutores" sejam sindicatos ou governos, e procuram o que de melhor encontrem e lhes interesse, ou estarão fadados a subsídios que sabemos que não serão eternos nem os valores a poder pagar, pois que as sociedades que tudo isso pagam costumam com o passar do tempo cansar-se também, a história mundial ensina-nos isso. Vislumbra-se uma nova ordem mundial e não sabemos onde tudo vai dar. Juízo e principalmente bom senso é o que se espera de todas as partes envolvidas no assunto.

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