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​Impresa tem interessados na compra de algumas publicações do grupo

30 ago, 2017 - 15:49

A administração do grupo "pretende encerrar o processo de venda 'o mais rapidamente possível'".

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O presidente da Comissão Executiva do grupo Impresa informou a Comissão de Trabalhadores da Impresa Publishing de que já há interessados na compra de algumas das publicações da empresa, cuja venda pretende concluir "o mais rapidamente possível".

Em comunicado, a CT da Impresa Publishing - que detém os títulos Activa, Blitz, Caras, Caras Decoração, Courrier Internacional, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, Telenovelas, TV Mais, Visão, Visão História, Visão Júnior e Expresso - diz que Francisco Pedro Balsemão a informou que "o grupo continua a avaliar o portefólio e pretende vender, e não fechar, 'a maioria, senão mesmo todas', das 13 publicações em causa, de modo a concentrar-se preferencialmente nas marcas SIC e Expresso, por terem mais potencial 'no audiovisual e no digital'".

Na reunião realizada na terça-feira após um pedido de esclarecimentos da CT, o presidente da Comissão Executiva da Impresa revelou aos representantes dos trabalhadores que "já existem interessados na compra de algumas das publicações da Impresa Publishing e que a administração pretende encerrar o processo de venda 'o mais rapidamente possível'".

"Todavia, não se quis comprometer com qualquer prazo", acrescenta a CT.

Segundo a Comissão de Trabalhadores, Francisco Pedro Balsemão "ficou também de avaliar a possibilidade de se dirigir oportunamente aos trabalhadores, a fim de explicar ele próprio a situação em que o grupo se encontra", tendo-se ainda comprometido a "manter a CT, e consequentemente os trabalhadores, a par dos acontecimentos".

A reunião de terça-feira - na qual participou também o diretor dos Recursos Humanos da Impresa, Eduardo Gomes - aconteceu na sequência de um pedido por parte da CT de "informações relativas à situação do grupo Impresa, designadamente da Impresa Publishing", após o anúncio da intenção de venda de títulos do grupo no âmbito de um "reposicionamento estratégico" da sua atividade, que passa por uma "redução da sua exposição ao setor das revistas e um enfoque primordialmente nas componentes do audiovisual e do digital".

Salientando que o eventual fecho das 13 publicações em causa afeta "mais de 100 pessoas", a CT afirma-se "bastante preocupada com o futuro dos trabalhadores" e, embora "compreendendo a débil situação em que o grupo se encontra", diz pretender "ajudar a minorar as consequências na vida das pessoas ligadas à Impresa".

Recordando que "os trabalhadores foram completamente apanhados de surpresa e a última coisa em que estavam a pensar era que iam perder os seus postos de trabalho", a CT pretendia saber junto da administração da Impresa "se existe algum prazo para o grupo se desfazer das publicações em causa, seja fechar ou vender, ou se é entendimento da administração poupar alguma publicação a este futuro incerto, assim como que efeito vai ter nos departamentos ligados à produção/distribuição e outros".

"É natural que, após um seco comunicado, ouvindo o que foi comunicado à Comissão de Trabalhadores, assim como as notícias que vêm de fora e as especulações de corredor (a que administração podia pôr fim se tornasse todo o processo mais transparente), [os trabalhadores] tenham muita pouca vontade de continuar a contribuir para um grupo que lhe está a virar as costas, violentamente", lê-se no 'email' enviado pela CT solicitando esclarecimentos à administração.

Comentários
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  • Carlos Silva
    31 ago, 2017 Vila da Feira 16:58
    Para a geringonça informar é formatar pensamentos.Toda a imprensa e má desde que não ponham o povo acompanhar o seu pensamento.Nesta empresa até há muita gente alinhada com a geringonça.Mas quem sabe ler e interpretar e compreender a mensagem da verdade procura imprensa livre, não vai ler o avante ou outras publicações onde a direcção são comissários políticos.Nunca vi tantos como agora.Será da crise que essa imprensa tenta convencer o Povo que estamos no melhor.E pagam a estagiários 500 euros.Quando não chega o dinheiro aos hospitais e um cidadão espera um ano por uma consulta ou intervenção cirúrgica.Morre antes disso.Vão -se catar e partam para a Coreia do Norte é lá o vosso lugar.
  • Jorge
    31 ago, 2017 Seixal 15:50
    Francisco Pedro Balsemão não é parvo, sic e expresso são os meios de comunicação com mais visibilidade para manipular os “media”, não fosse ele um dinossauro da extrema-direita.
  • João Lopes
    31 ago, 2017 Viseu 10:24
    Se o império da Impresa, dividida em holdings e subholdings diminuir ou desaparecer...paciência! O Mundo continuará... E talvez melhor!
  • Acabem
    30 ago, 2017 Lx 18:40
    Com as festarolas e o show-off onde gastam milhões para divertimento de alguns!...Galas e mais galas para passagens de "modelos". Até na informação nota-se a parcialidade das notícias para a promoção da oposição e a contra informação ao governo actual!

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