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Mais militares portugueses partem para a República Centro Africana

04 set, 2017 - 12:24

“O desafio de Portugal é manter a capacidade para manter as suas missões e ser reconhecido internacionalmente como um parceiro que traz mais-valias de cooperação”, diz à Renascença o porta-voz do Exército.

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Partiram esta segunda-feira para a República Centro Africana (RCA) os 160 militares portugueses - a maioria dos quais comandos - que vão render o contingente com o mesmo número que está integrado na operação “Minusca”, da ONU.

Trata-se de uma operação de estabilização do país, que mergulhou em 2013 numa guerra civil e que enfrenta, desde então, uma espiral de violência e uma crise humanitária sem precedentes – mais de metade da população depende de ajuda humanitária.

O desafio de Portugal nesta missão é, segundo o tenente-coronel Vicente Pereira, porta-voz do Exército, continuar a ser vista internacionalmente como uma força credível.

“O desafio de Portugal é manter a capacidade para manter as suas missões e ser reconhecido internacionalmente como um parceiro que pode participar, que traz mais-valias de cooperação, como é o caso concreto desta força que temos na RCA”, afirma à Renascença.

É “a primeira força nacional destacada – um conjunto de militares portugueses do Exército e da Força Aérea que vão continuar a cumprir a missão com o seu profissionalismo, com a sua dedicação e com o seu treino, que lhes permitiu agora enfrentar teatros de elevada exigência”.

Vicente Pereira admite que os militares vão “enfrentar teatros de elevado risco – o Exército e Portugal nunca o negaram, tem desafios, mas são desafios que a força, com a preparação que tem, tem cumprido e tem recebido elogios por parte da comunidade internacional, por parte do comando da operação da Minusca”.

“O facto de a missão ser uma força de reacção rápida do comandante, implica que eles tenham de estar preparados para, a qualquer momento, ser projectados quer por terra quer por ar para qualquer ponto do território”, exemplifica.

A rendição do contingente português estava prevista para finais de Julho, mas seis dos comandos que iam integrar a força tiveram de ser substituídos, por estarem envolvidos no caso que provocou a morte de dois comandos, nos treinos de formação.

A substituição destes militares obrigou a que a formação fosse dada a outros elementos, que os substituíram, atrasando essa rendição.

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