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​Enfermeiros mantêm greve depois de Governo rejeitar propostas

05 set, 2017 - 22:11

Sindicato diz que o Ministério da Saúde pretende avançar com o "processo negocial", mas não indicou quando nem os termos.

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Os enfermeiros mantêm a greve nacional para a próxima semana, invocando a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira, informa fonte sindical.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, José Correia Azevedo, disse à agência Lusa que a tutela não aceitou a proposta dos sindicatos, nem apresentou uma contraproposta.

José Correia Azevedo falava após uma reunião entre representantes da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros e o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

Segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, o Ministério da Saúde pretende avançar com o "processo negocial", mas não indicou quando nem os termos.

Os enfermeiros reivindicam horários de trabalho de 35 horas semanais, actualização gradual, "em três prestações", dos vencimentos e a inclusão da categoria de especialista na carreira.

O Ministério da Saúde alega que "não tem condições para resolver" o que os sindicatos propõem, de acordo com José Correia Azevedo.

O Sindicato dos Enfermeiros entregou no fim de agosto um pré-aviso de greve nacional para 11 a 15 de setembro.

A Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação da greve, mas o sindicato ameaçou, em resposta, fazer uma queixa ao Departamento de Investigação e Acção Penal.

Um ofício da Secretaria de Estado do Emprego, divulgado no portal da Administração Central e do Sistema de Saúde, refere que o pré-aviso de greve dos enfermeiros não cumpriu os dez dias úteis que determina a lei.

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) avisou por sua vez na segunda-feira a Ordem dos Enfermeiros que "não é legalmente possível" a suspensão da inscrição na Ordem como enfermeiro especialista "sem que haja suspensão da inscrição como enfermeiro".

Enfermeiros de quatro especialidades diferentes manifestaram intenção de entregar os seus títulos de especialista, em protesto contra a falta de pagamento correspondente à actividade profissional.

De acordo com a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, vários enfermeiros com especialidade de Saúde Materna já pediram a suspensão dos títulos, ainda que o número de pedidos só deva ser conhecido no fim desta semana.

Comentários
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  • LP
    09 set, 2017 Porto 01:40
    Andam os enfermeiros a boicotar a própria greve, assegurando o direito aos cuidados mínimos a esta gentinha ressabiada que não respeita o direito deles à greve. É por isso que o governo ainda brinca com eles, burros! Simplesmente faltem todos durante um dia, a ver quem brincava.
  • Filipe
    06 set, 2017 évora 15:16
    Claro está , mas nunca se podia imaginar por exemplo num supermercado na fileira de caixas termos e como temos , é muito fácil de encontrar Licenciados em Matemática , e só porque tem habilitações ou papelada que as conferem , ao lado tinha-mos com a 4ª classe antiga com 100 euros por semana e quem tinha papeis Catedráticos , com 100 euros por dia . Meus senhores , o que interessa é a função , talvez o mal foi não terem dado formação a todos e todas as pessoas de enfermagem em Portugal de igual forma . Em Portugal , é um para enfiar a agulha , outro para ligar o equipamento , outro para limpar a cara , outro para estar sentado e outro à espera de emprego ... uma burocracia sem razão . Se tivessem num teatro de guerra tinham de fazer tudo e de tudo igual pelo mesmo valor , cá especialistas do raio que os parta , quem paga a fatura são os pobres aderentes ao que estes agora querem destruir .
  • A maria de lisboa
    06 set, 2017 Pt 14:31
    Também pertence aos Pafosos que não querem sair da zona de conforto!
  • Estes
    06 set, 2017 Lx 14:28
    Já se esqueceram quando foram tratados abaixo de cão e forçados a emigrar pelo Passos e Portas! Nessa altura onde estava a bastonaria? Na zona de conforto a gastar o dinheiro da ordem nos cabeleireiros e em viagens. Agora a Passista e cavaquista faz chantagem com o governo.
  • maria
    06 set, 2017 Lx 13:17
    Não é greve, é chantagem.
  • Filipe
    06 set, 2017 évora 13:17
    Identificados e expulsos do Estado , vão fazer estas reivindicações para os hospitais privados , a ver se tinham sucesso ! Tristeza dos que tiveram de abandonar Portugal porque estes pirralhos lhes tiram o emprego , e o que é preciso é trabalho . São os mais necessitados que precisam , os ricos até se for preciso apanham o avião para fazerem cesariana nos Estados Unidos ... É mesmo triste , ter um governo igual ao de Guterres , mas com a ressalva deste ter dado conta do "pântano" e este se banhar nele .
  • maria
    06 set, 2017 lisboa 00:02
    O SEP acabou com a carreira de Enfermagem no tempo do socrates. É inadmissível a maneira como o ministério trata 40000 pessoas na sua maioria licenciadas mas com níveis salariais muito abaixo de por ex. dos professores. As Enfermeiras parteiras tem razão porque as tratam como trabalhadoras sem qualificação e a sua responsabilidade é enorme

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