Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

MP pede suspensão dos 18 agentes da esquadra de Alfragide acusados de tratamentos cruéis

07 set, 2017 - 08:34

O pedido é justificado em nome da “salvaguarda do risco para a segurança e tranquilidade públicas”.

A+ / A-

Veja também:

O Ministério Público (MP) da Amadora requereu ao tribunal de Sintra a “suspensão imediata” dos 18 agentes da PSP da esquadra de Alfragide, justificando o pedido com a “salvaguarda do risco para a segurança e tranquilidade públicas”.

De acordo com o Diário de Notícias desta quinta-feira, o MP da Amadora, responsável pela acusação dos 18 agentes da esquadra de Alfragide acusados de tratamentos cruéis a jovens da Cova da Moura, requereu na segunda-feira ao Tribunal de Sintra que ordene a suspensão imediata destes polícias de funções.

Dezoito agentes da PSP foram acusados pelo MP em Julho de denúncia caluniosa, injúria, ofensa à integridade física e falsidade de testemunho, num caso que remonta a 2015 e envolveu agressões a jovens da Cova da Moura (Amadora).

No requerimento, citado pelo Diário de Notícias, o pedido é justificado pela “salvaguarda do risco para a segurança e tranquilidade públicas”.

“Na verdade, existe o perigo de continuação de comportamentos como os descritos nos presentes autos”, é referido.

A 11 de Julho a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informou que os 18 agentes foram acusados pelo MP de denúncia caluniosa, injúria, ofensa à integridade física e falsidade de testemunho, bem como de outros "tratamentos cruéis e degradantes ou desumanos e sequestro agravado e falsificação de documento”.

Em Fevereiro de 2015, um grupo de cerca de 10 jovens tentou invadir a esquadra da PSP de Alfragide, no concelho da Amadora, na sequência da detenção de um jovem que atirou uma pedra contra uma carrinha policial, segundo fonte das forças de segurança.

De acordo com a PSP, uma carrinha de uma equipa que patrulhava o bairro da Cova da Moura foi atingida por uma pedra atirada por um jovem de um grupo de cerca de 10 pessoas. Um polícia sofreu ferimentos ligeiros, no rosto e nos braços, e foi transportado para o Hospital de Amadora-Sintra, e o jovem, de 24 anos, foi levado para a esquadra de Alfragide.

Na sequência da detenção, os restantes jovens, com idades entre os 23 e 25 anos, "tentaram invadir" a esquadra, tendo sido disparado um novo tiro para o ar, segundo a PSP. Foram detidos cinco elementos do grupo e os restantes fugiram.

Os cinco jovens detidos foram então transportados ao hospital devido a ferimentos ligeiros.

Três dias depois a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) anunciava uma investigação à atuação da PSP nos incidentes no Bairro da Cova da Moura e numa esquadra de Alfragide.

Mais tarde, a 7 de Julho de 2015, o Ministério da Administração Interna informava que tinha instaurado processos disciplinares contra nove elementos da PSP e arquivado os casos relativos aos restantes cinco polícias.

Em julho, a Direção Nacional da PSP destacou que “a presunção de inocência se mantém até trânsito em julgado”.

Os arguidos encontram-se sujeitos a termo de identidade e residência.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • FIlipe
    07 set, 2017 évora 13:50
    Ainda hoje um sub chefe da guarda prisional vai senta-se no banco dos Arguidos frente à bata preta , e não percebo como em Portugal existe uma elite denominada forças de segurança protegidas por sindicatos ligados ao poder e com as costas largas para fazerem tudo e alguma coisa em detrimento da lei . Eles sobem escadas da Assembleia e o chefão é condecorado e enviado para uma embaixada em França , eles participam em orgias com menores , eles participam em porrada na família , eles participam no tráfico de armas e droga pesada , seres humanos e armamento pesado , eles participam na evasão de presos , eles são cabecilhas de gang´s , eles mamam euros em troca de perdão de multas , eles pregam tiros a menores de costas com pistolas de 9mm , eles batem nos estrangeiros , eles enxertam as pessoas para dizerem o que eles querem que se diga , eles dão com bastão de aço em inocentes em frente dos filhos menores , são afinal um grupo pessoas que o povo pensa serem escolhidos a dedo e com formação moral e cívica suficiente para ensinar o seu próximo e no entanto maior parte deles ou quase todos pertencentes a todas as forças de segurança em Portugal , são afinal uns valentes para agredirem indefesos e depois o que realmente se apura , serem uns bandidos ao pé daqueles que se julgam protegidos por eles . Um engano em Portugal , afinal a Amnistia internacional tem sempre razão acerca dos tratamentos por essa gente aos civis em Portugal , tenham vergonha , enterrem a cabeça na areia !
  • ADISAN
    07 set, 2017 Mealhada 12:54
    Pobres agentes que têm de prestar serviço nos chamados "locais de grande risco", ou, se quiserem, Cova da Moura. Eu também passei pela PSP e, ao fim de dois anos, decidi emigrar, pois não me sentia mesmo nada bem "estar sempre entre a espada e a parede". Por o lado o agente policial tem o dever de mantar a ordem pública, mas, pelos vistos, acariciando de forma humilhante os delinquentes! Cedo eu me apercebi que era assim. Por isso emigrei.
  • Escandaloso
    07 set, 2017 famalicao 10:08
    Quem defende estes marginais deviam de ser os primeiros, a sentir na pele a rebeldia, desses marginais.Estamos no ponte de ninguém ter respeito pelas autoridades.Tudo se devendo ao tirar a credibilização, das autoridades.
  • DR XICO
    07 set, 2017 LISBOA 09:59
    A PSP tem a obrigação de suspender estes policias MASSS deve preencher estas 18 vagas com 18 policias pretos SEM MEDO NEM RESERVAS. depois vamos ver se volta a existir racismo com os criminosos. Quando lhe entrarem pela esquadra a dentro aos berros serão recebidos com abraços e obrigado mano tasse bem...
  • 07 set, 2017 aldeia 09:24
    Se forem expulsos da psp,irão mostrar a sua violência,se continuarem na psp,continuarão violentos,há criaturas que vão para a policia só para poderem mostrar o que são.

Destaques V+