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Enfermeiros em greve durante cinco dias

11 set, 2017 - 00:37

Estes profissionais reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respectivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho.

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Os enfermeiros iniciaram à meia-noite uma greve que decorrerá até sexta-feira, contra a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de actualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.

A greve foi marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE) para o período entre as 00h00 de hoje e as 24h00 de sexta-feira.

Os enfermeiros reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respectivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros, mas a Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação desta greve, alegando que o pré-aviso não cumpriu os dez dias úteis que determina a lei.

Apesar disso, os enfermeiros mantêm a greve nacional, invocando a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de actualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.

Na quinta-feira, os hospitais começaram a receber uma circular da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) sobre este protesto, recordando que o mesmo foi irregularmente convocado e a informar que "eventuais ausências de profissionais de enfermagem neste contexto devem ser tratadas pelos serviços de recursos humanos das instituições nos termos legalmente definidos quanto ao cumprimento do dever de assiduidade".

A ACSS refere ainda que "devem os órgãos de gestão dos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e do Ministério da Saúde providenciar para que o normal funcionamento dos serviços e da prestação de cuidados não sejam postos em causa".

No mesmo dia, um comunicado conjunto do SIPE e do SE referia serem "muito sérias, graves e reflexíveis" as razões para os enfermeiros aderirem a este protesto e que a greve "pode não ser a única".

Comentários
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  • Pedro
    12 set, 2017 Lisboa 02:02
    VERGONHA. Sabemso o que eles querem .......Encher ainda mais a barriga Isto é CORPORATIVISMO MALANDRO e INTERESSEIRO. Não se brinca. Não devemos apoira esta greve pois cheira a esturro, assim como foi a dos taxistas e dos estivadores. Existem Greves e greves...esta não.
  • carlos
    12 set, 2017 sjm 00:24
    lembrem-se de quando necessitarem de cuidados de enfermagem, noite e dia, se vao chamar o médico ou o vizinho do lado de borla. perguntem quanto custa esse serviço. depois comparem com o ordenado dos enfermeiros e tirem as vossas conclusões. pimenta no cu dos outros ... ignorantes
  • isidoro foito
    11 set, 2017 elvas 11:21
    simplesmente vergonhoso, brincarem com a saúde de um povo, se esta lei das categorias dos enfermeiros porquê só agora em altura de campanha eleitoral virem fazer greve? tiveram 3 governos PSD nunca fizeram greve por estas razoes , mas como agora a bastonária é das jotinhas do PSD ai vm uma greve de mais uma reçabiada , greve esta que é inconstitucional segundo alguns constitucionalistas que lhe retirem a carteira para sempre e aumentem os outros que trabalham dignamente sem politiquices
  • MARY
    11 set, 2017 VENDA DO PINHEIRO 10:43
    QUE MEMÓRIAS TÃO CURTAS... não me digam que não se lembram da Ordem dos Médicos apoiar greve dos médicos.. apareceram em todos os meios de comunicação social a solidarizarem-se com os colegas... e nesse caso já não é mau...
  • Maria
    11 set, 2017 Tavira 10:38
    Li o comentário de alguém do PORTO sobre o assunto e não posso estar mais de acordo. Ameaçaram que entregavam a carteira profissional acho que era mesmo o que deveriam fazer mas para nunca mais a ver......VERGONHOSO. Depois de ver há tempos um programa num canal televisivo sobre todas as "HONESTIDADES" que se passam dentro da ordem dos enfermeiros acho que deveriam começar por arrumar a sua própria casa. Também tenho na família enfermeiros mas felizmente esses são "genuínos".
  • MARY
    11 set, 2017 VENDA DO PINHEIRO 10:30
    QUE MEMÓRIAS TÃO CURTAS... não me digam que não se lembram da Ordem dos Médicos apoiar greve dos médicos.. apareceram em todos os meios de comunicação social a solidarizarem-se com os colegas... e nesse caso já não é mau...
  • AM
    11 set, 2017 Lisboa 10:30
    O que se passa, passa-se com todas as profissões no ESTADO. No tempo do governo anterior, andavam caladinhas ou caladinhos... Pois, em todas as profissões! Ser FP não é pela lei geral do trabalho, ...temos os nossos regulamentos. Em todas as profissões!
  • manuel
    11 set, 2017 porto 10:04
    o sistema do estado patrao de oridem socialsta e boa ideia mas nunca da certo
  • Antonio
    11 set, 2017 Portugal 09:42
    Roger Bartra comparava através de uma metáfora um anfíbio com um ser humano que não evoluía. Mantinha-se continuamente na sua forma juvenil embora pudesse procriar. Curiosos os cientistas pegaram no tal anfíbio e levaram-no a outro continente para o estudarem. Efectivamente quando o animalzinho chegou a outros ares, começou a evoluir naturalmente. Não gostaria de ofender ninguém, mas existem momentos incompreensíveis para os meus neurónios. Mais parece que vivemos de facto numa República das Bananas. Dentro de todo um contexto nacional onde não temos ponta por onde se lhe pegue (e já lá vai tempo assim), efectuam uma greve para um objectivo real de aumentos astronómicos? Tantas desculpas e justificações infantis, talvez problemas recalcados de infância?... não, ...é mesmo assim, desorganização pela sede de mais dinheiro sem olhar a nada a não ser o seu próprio umbigo. Tamanha falta de respeito pelos outros cidadãos. Se há alguém que merecesse um belo aumento, seriam os professores meus caros. Este país necessita de mais educação.
  • Paulo
    11 set, 2017 aves 09:30
    Dentro da profissão há 2 classes: os funcionários públicos (FP) e os contratados (C); ambas fazem os mesmos trabalhos, têm as mesmas responsabilidades, os mesmos graus académicos, mas só os FP trabalham 35h, só eles veem reconhecida pelo local de trabalho a especialidade e só eles ganham como especialista quando exercem como tal. É esta a principal questão deste caso e desta greve: porque raio há-de um especialista a exercer como tal ganhar como enfermeiro sem especialidade quando o colega do lado também especialista porque é FP ganha mais e trabalha menos horas. Deixem-se de populismos e tretas do género "querem ganhar mais que os médicos", isso em cargos comparáveis nunca acontece. Agora comparar uma enfermeira especialista, chefe de serviço, com 20 anos de trabalho com médico em inicio de funções, claro que provavelmente ganharão quase o mesmo... mas será justo porque os médicos estudam tanto...tretas! Ambas são licenciaturas, ambas têm médias e exigência elevadas, ambas lidam com o erro e vidas humanas, ambas passam por processos de adaptação e formação contínua. São profissões absolutamente complementares e dependentes uma da outra, não dependem uma da outra hierarquicamente, não há lógica em diminuir uma e promover outra, não há lógica pagar 1200 a uma e 2700 a outra. Porque recebem todos os licenciados da função pública mais que os enfermeiros? Porque é qualquer professor desde que trabalhe é da função pública mas os contratados dos hospitais não o são?

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