14 set, 2017 - 08:01
Há três dias que o serviço de sangue do Hospital de S. João, no Porto, está a mandar embora os dadores porque os enfermeiros que fazem as colheitas de sangue estão em greve. De acordo com a edição desta quinta-feira do “Jornal de Notícias” (JN), o cenário foi idêntico, na segunda e terça-feira, no serviço de sangue do hospital de dia do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho. De acordo com o JN, os médicos tiveram de assumir o atendimento dos doentes hipocoagulados mais urgentes.
A situação decorre do facto do Governo ter considerado que a greve foi convocada de forma ilegal e por isso não foram decretados serviços mínimos que, em rera, incluem o funcionamento dos serviços de sangue com ligação aos dadores, de forma a evitar risco de ruptura de stocks.
Segundo os sindicatos que convocaram o protesto, o Hospital de São João tem sido um dos mais afectados pela greve com uma adesão a rondar os 100%, números que o hospital não confirma.
Ainda segundo o JN, em Lisboa o serviço de sangue do Hospital de Santa Maria funcionou normalmente e no Hospital de Braga também não houve recusa de dádivas.
Esta quinta-feira, às 14h30, há nova reunião entre o Ministério da Saúde e Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, disse estar esperançado que as partes cheguem a acordo dentro de alguns dias.