13 set, 2017 - 22:35
O cantor Tony Carreira garante que o assunto está resolvido "há muito anos" com os autores de algumas das músicas, garantindo que "quem não deve não teme" e que acredita na justiça portuguesa.
O Ministério Público (MP) acusou o cantor Tony Carreira de plagiar 11 músicas de autores estrangeiros, com a colaboração do compositor Ricardo Landum, também arguido, considerando que se "arrogaram autores de obras alheias" após modificarem os temas originais.
"O assunto está resolvido há muitos anos com os autores de algumas das músicas. Recebi milhares de mensagens de pessoas a dar apoio, mas quem não deve não teme e eu estou tranquilo", disse o cantor em entrevista à SIC.
Tony Carreira garantiu que não está preocupado com o assunto e deixou críticas à Companhia Nacional de Música.
"A Companhia Nacional de Música é uma entidade que, por outros motivos, pegou nisto para estragar uma imagem. Está tudo resolvido, sei o que a Companhia Nacional de Música quer, mas não terá", frisou.
O cantor afirmou que tudo será resolvido na justiça, garantindo que acredita na justiça portuguesa.
As músicas "Depois de ti mais nada", "Sonhos de menino", "Se acordo e tu não estás eu morro", "Adeus até um dia", "Esta falta de ti", "Já que te vais", "Leva-me ao céu", "Nas horas da dor", "O anjo que era eu", "Por ti" e "Porque é que vens" são as 11 canções alegadamente plagiadas, segundo o despacho de acusação do MP, proferida este mês e a que a agência Lusa teve hoje acesso.
"As obras descritas são exemplos da atividade ilícita do arguido Tony Carreira, o que resulta do confronto da obra genuína alheia com a obra supostamente criada pelo arguido, por vezes com a participação do arguido Ricardo Landum, sendo que tais obras foram analisadas através de perícia musical", sustenta o MP.
A acusação diz que pelo menos desde 2012 e até à data os arguidos "têm vindo a dispor de composições musicais alheias e da sua matriz, introduzindo-lhes alterações e arranjos como se fossem suas e sem que com isso tenham criado obras distintas, genuínas e íntegras".
"Os arguidos aproveitam a matriz de obras alheias, utilizando a mesma estrutura, melodia, harmonia, ritmo e orquestração e, por vezes, a própria letra de obras estrangeiras que traduzem, obtendo um trabalho que não é mais do que uma reprodução parcial do original, não obstante a introdução de modificações", explica a acusação.
Tony Carreira está acusado de 11 crimes de usurpação e de outros tantos de contrafação, enquanto Ricardo Landum, autor de alguns dos maiores êxitos da música ligeira portuguesa, responde por nove crimes de usurpação e por nove crimes de contrafação.