Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Imposto leva a quebra no consumo de bebidas açucaradas

18 set, 2017 - 07:55

O imposto sobre os refrigerantes está a mudar os hábitos de consumo dos portugueses. Sal "é a próxima grande batalha" do Governo.

A+ / A-

As vendas das bebidas mais açucaradas caíram 25% após a introdução do imposto sobre os refrigerantes, em Janeiro.

Em meio ano, o Estado arrecadou 46, 7 milhões de euros com a nova taxa, escreve o “Jornal de Notícias”.

“Em Fevereiro, as bebidas mais açucaradas representavam 45% do total das vendas e as menos 55%; em Julho, as mais açucaradas representavam 27% face a 73% das menos açucaradas. Em seis meses, houve uma transferência grande do consumo, o que é muito positivo”, diz o secretário Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

O Ministério da Saúde está satisfeito com os resultados, mas quer ir mais longe: alargar a proibição de venda de alimentos com alto teor de sal, gordura e açúcar, que já acontece nas máquinas de “vending” dos hospitais e centros de saúde, às escolas, universidades e autarquias.

Escreve o jornal que também vão ser criados novos limites para estimular a indústria a reduzir cada vez mais o açúcar nas bebidas e estão a ser negociadas alterações com os restaurantes que permitem voltar a encher os copos das bebidas gratuitamente.

Desde o início do ano, cada garrafa de refrigerante com um teor de açúcar até 80 gramas por litro está mais cara.

Mas o "sal é a próxima grande batalha". O mesmo responsável adianta que tal passa por negociar com a indústria do pão, convencer a restauração a cortar o sal nas sopas, tirar os saleiros das mesas, formar cozinheiros nas escolas.

“O mais importante é conseguir acordos com os parceiros. Mas se for necessário estamos disponíveis para encarar a via legal para que se consigam resultados depressa”, diz Fernando Araújo, lembrando que devíamos ingerir no máximo cinco gramas por dia e consumimos cerca de 11 - mais do dobro.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • vaca voadora
    18 set, 2017 Setúbal 23:37
    Mais 46 milhões só nesta pechincha! Nada mal para um governo e sua claque de apoio que diariamente afirmam não ter aumentado impostos, mas este é apenas um entre vários e talvez dos menos brutais!.
  • Horacio
    18 set, 2017 Lisboa 13:43
    Isto é apenas mais um imposto .nao foi desenhado para diminuir o consumo e sim para aumentar a arrecadação . Se querem incentivar o consumo de frutas e vegetais ou sumos baixem os impostos nestes artigos . Obriguem as empresas a cortar nos corantes e produtos sintéticos que aumentam os lucros das empresas mas acabam com a saúde do consumidor. Aos invés de andarem sempre a procura de novos impostos tentem achar soluções para baratear o que é saudável.
  • mau negocio
    18 set, 2017 11:49
    Eu detesto coisas doces: prefir chocolate preto, picantes, etc.. Este imposto foi para incentivar o consumo de edulcorantes... que são muito piores que o açúcar (como a margarina é pior que manteiga). existem estudos desde os anos 80 verdadeiramente assustadores em relação ao aspartame, por exemplo. enfim, proíbe-se uma coisa para incentivar uma pior.
  • jp
    18 set, 2017 lx 11:12
    Duvido muito destes números; só não duvido do imposto que arrecadaram; se calhar o que acontece agora é que os consumidores com menos recursos em vez de beberem bebidas açucaradas de alguma qualidade passaram a beber aquelas mixórdias importadas cheias também de corantes ,vendidas pelas grandes superficies e entretanto o que verifico e que os preços aumentaram muito mais que o imposto, pelo que serviu apenas para encher os cofres do estado e de alguns fabricantes.
  • Radar
    18 set, 2017 Porto 11:10
    Cada um tira as conclusões que quer, mas no meu caso apenas deixei de comprar em líquido e passei a comprar em pó e acrescentar o açúcar ao meu gosto....
  • Matias
    18 set, 2017 UK 10:49
    Mais um imposto para inglês ver.... muda os habitos porque não há poder de compra. E se os refrigerantes fazem assim tão mal então porque não se proibe a sua venda?! Agora vão atrás do sal, depois vão atrás do chocolate, depois vão atrás do sol, depois vão atrás do ar que se respira........Não há pachorra
  • MAMM
    18 set, 2017 Lisboa 10:30
    Este povo que sabe rejeitar as vacinas para os seus filhos, que tem núcleos de pessoas vegetarianas, reduz o consumo de bebidas açucaradas por decreto. Já percebi que não se pensa embora se pense que sim e só agimos em última instância pelo medo da multa que nos vai ao bolso ( por exemplo o excesso de velocudade) mas borrifamos noutras ( por exemplo limpeza de terrenos) e pelos impostos.
  • ramon bolivar
    18 set, 2017 lisboa 10:20
    É muito bonito o Estado preocupar-se com o açucar e com o sal dos alimentos. Aposto que também vão constatar que para muita gente que trabalha 8 horas por dia com salários tão baixos para ao fim do mês ficar com pouco também não é muito saudavel. Ah espera já sei...são impostos que rendem ao estado.
  • Lourenço
    18 set, 2017 Almada 09:49
    E não era essa a ideia? 184 mil mortes não justificam a reforma?
  • JR
    18 set, 2017 Lisboa, Puto 09:32
    A gasolina está cara e ainda ninguém deixou de andar na estrada.

Destaques V+