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Seca agrava-se. Governo vai pedir a agricultores que substituam culturas de regadio

02 out, 2017 - 22:32

Até ao final do ano espera-se chuva abaixo da média. 80% do território está em situação de seca.

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O Governo pondera pedir a alguns agricultores que substituam as culturas que exigem o consumo de muita água por outras, tendo em conta a situação de seca que nos próximos meses poderá agravar-se.

Com as previsões a apontar para um final de ano com precipitação abaixo da média, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, diz à Renascença que é preciso começar a planear com os agricultores.

“Este ano tivemos na bacia do sado problemas com o arroz. Temos culturas, como o tomate, o melão e alguns cereais que são espécies adoptadas para regadio, e nesses casos o que vamos fazer é pedir que se faça uma substituição na sementeira para o próximo ano em determinadas regiões”, explica, acrescentando que “o pior que se podia fazer era as pessoas avançarem para sementeiras e daí a pouco perderem os custos da sementeira.”

A falta de chuva está na origem do problema, mas há factores que o agravam, como o excesso de captações, explica Carlos Martins. “Portugal está a ver também, de uma maneira geral, desde Trás-os-Montes, Beira e Alentejo, sobretudo no interior, um número muito elevado de captações, nomeadamente para fins agrícolas. A consequência é um rebaixamento dos níveis freáticos e coloca em perigo aquilo que são as disponibilidades das águas subterrâneas para os locais que dependem exclusivamente destas para os vários usos.”

O Governo está a acompanhar a situação, garante o secretário de Estado. Por enquanto a percentagem do território afectada não aumentou, mantendo-se nos 80%, mas nesse espaço a disponibilidade de água decresceu.

“Estamos a monitorizar e a acompanhar com a Protecção Civil, com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses e com as Águas de Portugal. Estimamos que 5.000 pessoas possam estar ainda em pequenos núcleos territoriais que são abastecidos por autotanque, sendo certo que em Bragança as águas de Portugal já começaram a colocar em funcionamento a barragem das Veiguinhas e já suprimos alguns dos problemas que havia naquela região”, conclui Carlos Martins.

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  • RODRIGUES
    07 out, 2017 Aveiro 14:37
    Rodrigues Correção necessária devido a falta de uma letra: Não há,"do verbo haver" e não á "de a a". Com as minhas desculpas. 03 out, 2017 Aveiro 08:09 Não á falta de água porquanto esta é a mesma desde sempre.
  • PT
    03 out, 2017 09:18
    Todos os anos chove e todos os anos se perde água pelas ribeiras abaixo. Assim que param as chuvas, vêm as notícias que as barragens estão meio vazias. Ninguém raciona água. Então em ano de eleições muito menos. Assim que acabam as eleições, no dia a seguir falam em tomar medidas drásticas. Coincidência?
  • maria jesus
    03 out, 2017 Lisboa 08:43
    Há um problema gravíssimo de que ainda ninguém se lembrou: a manutenção das barragens que foram construídas há décadas e, que eu saiba, se têm mantido como no princípio. As fissuras são mais que muitas o que leva a que grande percentagem da pouca água que existe se perca irremediavelmente. Li há dias que, na zona do Rogil (Algarve) uma percentagem elevadíssima da água da barragem de Sta Clara se perde. Ora, é a partir destas águas que a região do Sudoeste e Costa Vicentina é irrigada e sabemos todos a sua importância para a economia nacional. E ainda: o transporte da água é feito através de canais abertos levando à sua perda por evaporação. Para quando o enterramento destes canais e a sua supervisão porque, de certeza, estão rotos em vários pontos contribuindo também para a perda da água que transportam.
  • Rodrigues
    03 out, 2017 Aveiro 08:09
    Não á falta de água porquanto esta é a mesma desde sempre. Os ciclos das chuvas que levavam à inundação dos campos seguidos de seca que levavam à escassez e à fome pro falta de alimento levaram os egípcios ao tempo dos faraós a criar o que chamamos de silos (conhecido como ciclos de mais ou menos sete anos). Lavoisier deixou-nos o princípio, hoje ainda lei, da conservação da massa que resumo na simples frase. "NA NATUREZA NADA SE PERDE NADA SE CRIA, TUDOD SE TRANSFORMA" Pois bem, no caso da água vejamos quanto se desperdiça, no que aos aquíferos diz respeito, aquando das chuva que cai . Os solos, mesmo e principalmente nas zonas mais elevadas, está cada vez mais impermeabilizados e a água é canalizada para os rios de destes para o mar no mais curto espaço de tempo, Se não retenção e assim a possibilidade de infiltração até aos aquíferos como querem depois retirar deste água???
  • Jose
    03 out, 2017 Antonio 08:08
    Mais um imposto ou taxa na calha?
  • Luis Manuel
    03 out, 2017 Entrroncamento 06:37
    Estas decisões parecem-me anedóticas, pois as fabricas de engarrafamento de água retiram milhões de litros e ninguém fala nisso, porque será
  • Filipe
    03 out, 2017 évora 00:41
    Ainda não vi é tomarem já este ano medidas com vista a assegurar a água potável às populações , reabrindo furos e criando represas . Espero que não estejam apoiados no Alentejo no Alqueva , pois em Espanha de onde provem a água , a Agência Europeia do Ambiente proíbe o consumo e contacto com a água devido ao alto teor de pesticidas e herbicidas . Ora , estranhamente em Portugal a água do Alqueva e contrariando recentes teses de Doutoramento de várias Universidades Portuguesas , apresenta-se hoje limpinha e própria para banhos até . O certo , é que esses estudos identificam igualmente alto teor de herbicidas e pesticidas com efeitos CANCERÍGENOS caso bebidos e por contacto com mucosas humanas . Estranhamente , o Alqueva passou na vertente Autárquica a um belo lago azul ... mentira , cuidado ! E , por fim espero não irem encher as barragens envolventes com esta água para 2018 , caso advirto aqui que daqui a 10 ou 20 anos , vão morrer muitas pessoas . Estejam atentos !
  • bobo
    02 out, 2017 lisboa e outra 23:05
    Trasfega como fazem em Espanha

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