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Se lhe ligarem do SNS 24 pode ser para marcar a cirurgia

03 out, 2017 - 09:02

Desde Julho que a Linha de Saúde 24 se passou a chamar SNS 24, um serviço com novas valências e que, a partir deste mês, vai permitir marcar cirurgias.

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Os utentes que aguardam por uma cirurgia vão ser contactados pelo serviço SNS 24 para marcar a operação logo durante o telefonema. O serviço deverá ajudar os doentes a escolher outra instituição pública, uma unidade no sector convencionado ou o próprio hospital.

De acordo com Ricardo Mestre, da direção da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), os utentes que atingiram os tempos máximos de resposta garantidos vão começar a ser contactados agora em Outubro, recebendo um cheque-cirurgia ou uma nota de transferência (entre hospitais do SNS), que vai começar a ser desmaterializada, passando a ser enviada por mensagem de telemóvel (SMS) ou email.

No caso dos utentes que não dispõem destas formas de comunicação, o cheque ou a nota continuarão a ser enviados em papel.

Através de contacto telefónico, o SNS 24 irá informar o utente das alternativas que existem em outros hospitais públicos, bem como as soluções no sector privado e social.

O objectivo é "poupar tempo", podendo a cirurgia ser marcada através desse contacto telefónico, evitando assim a deslocação do utente ao hospital para a marcação da operação, mediante apresentação do cheque ou da nota.

"Queremos uma atitude pró-activa para ajudar o utente a tomar decisões", diz Ricardo Mestre, em declarações à agência Lusa.

A Administração Central do Sistema de Saúde é o organismo do Ministério da Saúde responsável pela implementação um conjunto de medidas com vista a agilizar o acesso dos utentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Ao nível das consultas, a aposta passa pelo recurso a instrumentos como a telemedicina, estando a ser estendida a todos os hospitais e centros de saúde a possibilidade dos médicos de família enviarem informação, incluindo fotografias, ao médico hospitalar, na área da dermatologia.

Segundo Ricardo Mestre, entre 50% a 70% dos casos atendidos através do SNS 24, nas instituições de saúde que a disponibilizam, dispensam uma consulta hospitalar.

A livre escolha dos utentes continua a aumentar, sendo já 240 mil os utentes que, entre Junho de 2016 e 24 de Setembro deste ano, optaram por uma primeira consulta de especialidade fora do seu hospital de residência.

A este propósito, Ricardo Mestre revelou que, até final deste ano, será realizada uma avaliação às razões que estão na origem da escolha de outro hospital, bem como o motivo que leva os utentes a optarem pela sua instituição de residência.

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