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Ministra do Mar admite "multas a sério" para quem deixe lixo nas praias

05 out, 2017 - 18:45

O combate à poluição por resíduos plásticos nos oceanos "exigirá um grande esforço de mudança de hábitos de desperdício”, acrescentou.

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A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, admite poder vir criar legislação que preveja "multas a sério" para quem deixe lixo nas praias.

"São precisas medidas que corrijam estes comportamentos (deixar lixo nas praias) e por isso temos intenção de, em colaboração com concessionários e autarquias, criar regras que obriguem os concessionários e lhes deem poder para evitar este tipo de comportamentos, (por exemplo) multas, mas multas a sério e cobradas na hora", disse Ana Paula Vitorino a jornalistas portugueses em Malta à margem da conferência Our Ocean 2017 organizada pela União Europeia.

"Poderá haver quem pense que tal tipo de medidas é atentatório da liberdade individual mas eu penso que a maioria dos portugueses pensará que serão medidas de protecção do nosso património natural", afirmou Ana Paula Vitorino.

A ministra do Mar admitiu a introdução de multas quando a questão do combate à poluição dos oceanos por resíduos plásticos se impõe como um dos principais desafios a que governos e instituições pretendem dar resposta, no caminho que estão a iniciar no sentido de um enquadramento global de governação e utilização sustentável dos oceanos.

A quantidade de plástico que chega aos oceanos está calculada em 10.000 toneladas por ano e estudos recentes estimam que em 2050 existirá mais plástico que peixe nos oceanos do mundo.

Ana Paula Vitorino disse que o combate à poluição por resíduos plásticos nos oceanos "exigirá um grande esforço de mudança de hábitos de desperdício e de recuperação de hábitos como a compra de produtos a granel, dispensando sempre que possível as embalagens".

E, sem avançar prazos ou pormenores, a ministra do Mar adiantou que na sua área de tutela está a ser preparada legislação para regular e reduzir a utilização de embalagens.

A conferência Our Ocean (Nosso Oceano) 2017 reúne em Malta hoje e sexta-feira cerca de 1000 participantes, entre ministros, instituições, organizações não-governamentais, empresas e cientistas, em representação de 61 países.

Comentários
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  • couto machado
    06 out, 2017 porto 20:11
    Não há dúvida que era uma fonte de receita colossal....agora a cobrança na hora, não é fácil. Senão vejamos: quem for de calção ou biquíni, não leva dinheiro para pagar na hora. A malta leva dinheiro para um gelado e viva o velho. Quando acaba de lamber o dito cujo, deita o envólucro para o chão e enterra-o na areia, antes que venha o fiscal. Senhora Ministra: cheio de boas intenções está o mundo cheio...
  • VICTOR MARQUES
    06 out, 2017 Matosinhos 17:15
    Que pena! Assim, o Português vai sentir-se frustrado!...
  • No país da diversão
    06 out, 2017 Lisboa 10:53
    No país da diversão vale quase tudo para desviar a atenção do essencial. Para quem não sabe ou não quer saber, existem muitas coisas bem mais graves neste país, mas nessas não interessa falar, interessa é criar diversões. Alguns exemplos: (1) Grandes poderes não eleitos democraticamente. (2) Opacidades e falta de transparência nos poderes, o que pode levar a abusos. (3) Censura e "circo" constantes na imprensa. (4) Falta de proteção aos mais fracos. (5) Falta de confiança nas instituições. Tudo isto bem mais grave, para quando fazer algo? Mas os grandes culpados são o povo que compactua com isto e gosta de diversões.
  • Petervlg
    06 out, 2017 Trofa 09:35
    Devia é penalizar a serio as pessoas que vão com os seus animais para as praias, quando estas tem a indicação, bem sinalizadas, a proibir os animais na praia. passa a policia marítima e não faz nada, os nadadores salvadores, nada fazem e vê-se as crianças a brincar no local que os cães fazem as suas necessidades. Os cães não sabem ler, mas os "Burros" dos donos sabem.
  • Pinto
    05 out, 2017 Quarteira 21:39
    Acho muito bem e já agora estendam as coimas também às falésias. Conheço algumas que, por serem muitos frequentadas pelos pescadores lúdicos, mais parecem aterros de lixo. É garrafas de cerveja, caixas de isco, rolos de linha, sacos de plástico, restos de isca, etc.. Tenho alguma dificuldade em intitular o tipo de pessoa que tem este comportamento perante a natureza. É vergonhoso

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