05 out, 2017 - 16:33
Dezenas de professores manifestaram-se junto ao local das cerimónias comemorativas do 5 de Outubro em Lisboa, presididas pelo Presidente da República, gritando "justiça" e "colocação administrativa, já", em protesto contra o concurso de professores.
Vestidos de branco, alguns empunhando cravos brancos, os manifestantes exibiam uma faixa em que se lia "colocação administrativa, já" e gritavam "justiça", "respeito", "concurso ilegal", "somos mais de cem" e "Marcelo, amigo, queremos falar contigo".
O protesto foi audível pouco depois de terminarem, na Praça do Município, em Lisboa, os discursos das cerimónias do 5 de Outubro, proferidos pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo presidente da Câmara da capital, Fernando Medina.
Nuno Baião, que se identificou como um "lesado do Ministério da Educação", afirmou que esta manifestação pretende assinalar um "concurso ilegal".
"Fomos completamente enganados pelo Ministério da Educação, que a meio dos procedimentos normais concursais alterou completamente o funcionamento dos mesmos, e nós fomos lesados", explicou.
"Somos professores que temos uma graduação, concorremos quando temos de concorrer, e fomos ultrapassados por colegas com muito menos graduação que nós, acabámos por ficar afastados das escolas que preferimos no nosso concurso, e colegas com menos graduação ficaram nessas escolas", afirmou aos jornalistas.
Nuno Baião disse também esperar que esta situação seja desbloqueada pelo "primeiro-ministro, o ministro da Educação, seja quem for".
"Nós estamos a dar a nossa opinião democrática, não estamos a ofender ninguém, portanto queremos é que alguém consiga atender aos nossos pedidos, porque nós acreditamos na justiça", sublinhou.
Na sua opinião, o que se passou foi um "concurso que não foi legal" do ponto de vista dos docentes.