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Falta de meios deixa alunos com dislexia menos grave sem apoio

09 out, 2017 - 12:32

Terça-feira assinala-se o Dia Mundial da Dislexia, uma disfunção neurológica que afecta uma cada dez pessoas.

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Muitos alunos com dislexia menos grave não recebem o devido apoio nas escolas por falta de recursos humanos com formação específica para esta perturbação que afecta uma cada dez pessoas, segundo a presidente da Associação Portuguesa de Dislexia (Dislex).

A propósito do Dia Mundial da Dislexia, que se assinala terça-feira, a Dislex lança uma campanha de sensibilização com o objectivo de “derrubar ideias erradas e preconcebidas que existem em torno desta disfunção neurológica”.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Dislex, Helena Serra sublinhou a importância de as crianças serem atempadamente diagnosticadas e, principalmente, de terem a resposta adequada que passa por professores que receberam a devida e específica formação.

O que não acontece, segundo Helena Serra, a uma grande quantidade de crianças que, após suspeita, são avaliadas, mas “num grau com relativa suavidade”.

“Os casos mais graves são acompanhados por professores que receberam a devida formação, embora este acompanhamento varie consoante a região onde é localizada a escola. Mas os outros casos de dislexia menos grave apenas recebem apoio educativo não especializado e que se baseia na correção de erros e outros trabalhos que aumentam a frustração do aluno”, disse.

Para Helena Serra, Portugal é, em matéria de resposta à dislexia, “uma manta de retalhos”, embora a especialista reconheça alguns avanços.

Faltam, contudo, recursos humanos específicos, sem os quais é impossível um acompanhamento eficaz destas crianças, que permita a identificação do seu “dom”, que pode não passar pelas letras, mas que tende a manifestar-se ao nível das artes, desporto ou outro.

É nesse sentido que a campanha recorda alguns génios como Einstein, Picasso, Da Vinci, Agatha Christie, Van Gogh, Churchill, todos eles disléxicos.

A dislexia é uma perturbação que afeta 600 milhões de pessoas no mundo inteiro. Em Portugal, atinge mais de 5% da população.

Com o lema “Disléxicos como Nós”, a campanha será composta por um cartaz e um vídeo que reflete os vários cenários deste problema em contexto real.

Comentários
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  • Filipe
    09 out, 2017 évora 13:32
    As escolas públicas hoje tornaram-se um albergue lúdico de atividades continuadas do fim de semana , não existe responsabilidade alguma . Eles , os gaiatos para lá vão no competição de quem veste e se pinta melhor na imitação daqueles programas de sexo da realidade da comunicação social . Mas nas privadas existe quem pague perto de mil euros por mês e vestem farda e deixam o telemóvel no cacifo e não reclamam , pois pagam para terem responsabilidade .

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