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Carlos Alexandre "não pode ser o juiz de instrução"

11 out, 2017 - 20:53

[em actualização]

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Os advogados de José Sócrates consideram que Carlos Alexandre "não pode ser o juiz de instrução" do processo “Operação Marquês”.

“Seja quem for, parto do princípio de que um será juiz é honesto e parcial”, disse Delille.

O processo está no Tribunal Central de Instrução Criminal e, por isso, há duas hipóteses: Carlos Alexandre ou Ivo Rosa.

“Não temos dúvidas de que o Carlos Alexandre não poderá ser o juiz de instrução”. “O senhor juiz Carlos Alexandre assumiu um protagonismo tão grande ao lado do titular do inquérito que não pode ser juiz de instrução”, acredita Pedro Delille.

Em conferência de imprensa, João Araújo e Pedro Delille garantem que ainda não foram notificados da acusação.

Por outro lado, reafirmam que a acusação do Ministério Público não é "minimamente séria nem objectiva", classificando-a como uma "violenta campanha de difamação e condenação sumária na opinião pública" do ex-primeiro ministro.

Pedro Delille reforça que "não há crime algum. O nosso cliente não tem qualquer responsabilidade em nenhum comportamento ilícito". "Está documentalmente provado no processo" que Sócrates não recebeu dinheiro de grupos nem de amigos, acrescenta.

Já o advogado João Araújo disse que o Ministério Público, na acusação do processo 'Operação Marquês', "não procurou a verdade" e que, no caso dos crimes de corrupção que lhe são imputados, "são escassíssimos e insubsistentes" os factos que serviram para deter o ex-primeiro-ministro.

"Não se tratou de buscar a verdade, antes de procurar a incriminação do nosso constituinte, enquanto o expunha a uma espécie de julgamento mediático, a uma violenta campanha de difamação e a uma condenação sumária na opinião pública", acusaram os advogados.

Sócrates está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

Numa primeira reacção à acusação hoje divulgada, a defesa de José Sócrates assegurou em comunicado que vai examinar detalhadamente o despacho do Ministério Público contra o ex-primeiro-ministro na Operação Marquês e que irá "usar todos os meios do direito para derrotar" uma "acusação infundada, insensata e insubsistente".

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Comentários
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  • Para refletir...
    12 out, 2017 Almada 09:52
    Alguns dos comentários mostram um dos problemas deste país, o povo! Em vez de verem futebol, vão estudar, vão aumentar a vossa cultura. Se o juiz faz diferença é grave porque o que tem de prevalecer é a lei e essa é única. Portanto o resultado só pode depender dos factos e da lei. Não compreendo como há tantos comentadores, falam, falam, mas pouco dizem! Ou será que eles não podem falar?
  • Horacio
    11 out, 2017 Lisboa 22:59
    Agora querem escolher o juiz. O juiz pode até ser cego surdo e mudo .os crimes do Sócrates são tão óbvios que qualquer juiz o condena.
  • Filipe
    11 out, 2017 évora 22:06
    Eu até nem sei como o Supremo Tribunal de Justiça autorizou esta acusação quando na realidade existem aqui temporalmente factos descritos da sua competência de investigação . Mas a bem dizer este ser humano denominado Marquês foi de forma bruta avacalhado , sacanado , por uma organização terrorista Nazi denominada justiça Portuguesa , que mesmo hoje pelo Sr. Ventinhas e com comentário depois na RTP3 pela ex-bastonária da Ordem dos Advogados , na qual o Sr. Ventinhas até a exemplo do Estado Islâmico quase em direto proibiu qualquer posterior recurso do arguido , como que a acusação em Portugal do Ministério Público fosse sempre a verdade dos factos e da lei , coisa que a experiência dá como provada nos mais caos de absolvição devido a essas acusações Nazis , sem lei e de forma justiceira . Para mais , este Marquês em 38 recursos só ganhou aquele onde se aplicou a lei , mas com a consequência de afastamento e multa para o Rangel que aplicou a lei de forma imparcial , não querendo participar a favor da canalhice que hoje e ontem a justiça Portuguesa faz querer ao povo ser a certa , não é e nunca será . Que raios de país este onde milhões de pessoas se uniram a favor da pena de morte contra um cidadão .

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