11 out, 2017 - 12:04
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O primeiro-ministro anunciou que o Governo vai reunir-se no próximo dia 21, em conselho de ministros extraordinário, para analisar e tomar medidas com base no relatório da Comissão Técnica Independente aos incêndios na região Centro.
António Costa falava aos jornalistas após ter estado presente na sessão de lançamento do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, na Culturgest, que teve a presença do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
O relatório da Comissão Técnica Independente, entidade criada pelo parlamento na sequência de uma proposta do PSD, será entregue na Assembleia da República na quinta-feira.
Segundo António Costa, a partir do relatório, o Governo quer "executar as medidas que são necessárias não só para apurar as responsabilidades que devam ser apuradas em relação ao que ocorreu, como, mais importante, tomar as medidas que devam prevenir que no futuro não voltem a acontecer as tragédias" da dimensão das que se registaram no último Verão.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro frisou que a Comissão Técnica Independente foi criada no âmbito da Assembleia da República por proposta do PSD e que recolheu apoio unânime de todas as bancadas.
"Aguardamos com muita ansiedade os resultados desta comissão, que foi exemplar no seu processo de constituição e que conta com peritos de grande competência técnica, metade dos quais designados pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas. De uma forma informada e cientificamente robusta, esse relatório permitir-nos-á olhar para o que se passou e para um desafio de fundo que tem pela frente", acrescentou.
A criação de uma comissão para apurar os factos relativos ao incêndio que deflagrou em 17 de Junho, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, foi proposta pelo PSD e aprovada pelo Parlamento no dia 30 de Junho.
O fogo provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois. Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.