12 out, 2017 - 13:07
Ricardo Salgado foi presidente do Banco Espírito Santo durante 23 anos e ficou conhecido como o "dono disto tudo". Em 2014, saiu da liderança por pressão do Banco de Portugal. Actualmente, está implicado em vários processos judiciais, incluindo o caso Monte Branco, o processo do Universo Espírito Santo e a Operação Marquês.
2014
Ano em que Ricardo Salgado foi detido por suspeita de envolvimento na Operação Monte Branco, caso em que é investigada a maior rede de branqueamento de capitais em Portugal. Ao ex-banqueiro foi imposta uma caução de três milhões de euros, para poder aguardar pelo julgamento em liberdade. Salgado foi acusado de crimes de branqueamento de capitais, falsificação, burla e abuso de confiança.
3,6 mil milhões
Valor do prejuízo histórico que o BES apresentava no final de Julho de 2014, dias antes de ter sido decretado o seu fim. O Banco de Portugal assumiu o controlo da instituição e anunciou a sua divisão em duas partes. De um lado, ficaram os activos e passivos de qualidade, no denominado Novo Banco; do outro, ficaram os passivos e ativos tóxicos, no chamado 'banco mau'.
5
Número de meses que Ricardo Salgado esteve em prisão domiciliária, em 2015, no âmbito de uma operação que investiga alegados crimes cometidos na gestão do Banco Espírito Santo. Neste processo, a acusação considera que o arguido incorreu em crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais, burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, corrupção no sector privado e abuso de confiança.
O ex-presidente do grupo ficou em prisão domiciliária entre Julho e Dezembro de 2015.
3 milhões
Montante que Ricardo Salgado ficou sujeito a pagar para sair em liberdade. A defesa pediu a redução do valor para 1,5 milhões de euros, argumentando que o arguido não tinha liquidez para pagar a outra metade. O Ministério Público investigou e confirmou a alegação. Em Dezembro de 2015, o ex-banqueiro foi libertado, tendo sido perdoada a segunda metade da caução.
Já em Julho de 2014, tinha sido imposta uma caução de três milhões de euros, depois da detenção no âmbito de um outro processo – nessa altura, tratava-se do caso “Monte Branco”.
39 mil
Valor da pensão paga mensalmente a Ricardo Salgado e que foi confiscada a partir de Outubro de 2017, por decreto do Tribunal Central de Instrução Criminal. Segundo a Procuradoria-Geral da República, a medida tem em vista “a garantia de verbas que possam vir a ser declaradas perdidas a favor do Estado”.
21
Número de crimes de que é acusado na Operação Marquês. Ricardo Salgado é o terceiro arguido a quem são imputados mais crimes neste processo. Os dois primeiros arguidos da lista são José Sócrates (31) e Carlos Santos Silva (33).
O ex-líder do universo Espírito Santo é suspeito de ter cometido crimes de corrupção activa de titular de cargo político (1), corrupção activa (2) branqueamento de capitais (9), abuso de confiança (3) falsificação de documento (3) e fraude fiscal qualificada (3).
29 milhões
Valor que Ricardo Salgado terá prometido a José Sócrates, segundo a acusação, pelo favorecimento do Governo em negócios da PT, de que o BES era accionista.