16 out, 2017 - 14:36
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O Governo vai apoiar os agricultores das áreas atingidas pelos incêndios em várias zonas do país com medidas para assegurar a reposição das explorações agrícolas, anunciou esta segunda-feira o ministro da Agricultura.
“Naturalmente que iremos aplicar às áreas que estão agora a ser atingidas por incêndios as mesmas medidas que aplicámos àquelas que o foram até agora. Isto é, existirão apoios para os agricultores para aquilo que convencionamos chamar a reposição do potencial produtivo das explorações agrícolas”, afirmou Capoulas Santos à agência Lusa.
O objectivo é restituir “todas as perdas em animais que morram, equipamentos, tractores, alfaias, motores, instalações”, precisou à margem de um evento no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Capoulas Santos indicou que "haverá um conjunto de apoios que subsidiará até 100% do valor dos prejuízos até aos primeiros 5.000 euros e a partir daí haverá um apoio de 50% das despesas elegíveis".
“Essas medidas entrarão em vigor logo que estejam delimitados os perímetros das áreas atingidas”, acrescentou.
O ministro da Agricultura disse também que, “como sucedeu há poucos dias, relativamente aos incêndios do mês de Julho e de Agosto, a portaria será publicada e serão abertos [concursos], durante um período nunca inferior a um mês, para que as pessoas atingidas possam apresentar as suas candidaturas”.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo – o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades – provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal accionou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em Junho, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.