16 out, 2017 - 15:36
Veja também:
Foi encontrado o bebé que estava desaparecido no concelho de Tábua (distrito de Coimbra). A criança morreu na sequência dos incêndios que deflagraram no domingo na região Centro do país, confirmou esta segunda-feira à tarde a adjunta da Protecção Civil, Patrícia Gaspar.
Mais de 500 fogos (523) deflagraram num só dia - já considerado o pior do ano pelas autoridades - um número que a adjunta de operações da Protecção Civil considerou inaceitável no "briefing" que fez esta segunda-feira de manhã.
Segundo Patrícia Gaspar, os incêndios tiveram na origem "muita negligência".
Na comunicação aos jornalistas a tarde (16h00), a responsável avançou com novos números de vítimas, afirmando que o número de mortos confirmados se mantém nos 31 (incluindo o bebé), dado que falta confirmar uma morte em Côja.
Quanto aos feridos, são 56 os confirmados, 16 dos quais em estado grave, um deles um bombeiro. Trinta e nove pessoas foram assistidas no local.
Ainda a registar sete desaparecidos na contagem das vítimas.
Ainda segundo Patrícia Gaspar, o número de incêndios nesta segunda-feira baixou para 163 até às 16h00, estando em curso 50 a ser combatidos por mais de 3.700 operacionais.
Deste total, 30 são consideradas ocorrências mais importantes, sendo que apenas duas delas, no distrito do Porto, parecem estar a ceder aos meios.
No combate estão apenas envolvidos dois meios aéreos, apesar dos 18 disponíveis, mas que não têm condições para operar.
Os 18 distritos de Portugal Continental continuam em alerta vermelho da Protecção Civil, por causa do risco de incêndio. Por causa da actual situação, foram activados 20 planos municipais de emergência, sendo que Coimbra, Aveiro e Leiria são os distritos mais afectados, tendo também activado os respectivos planos distritais de emergência.
As centenas de incêndios de domingo obrigaram a evacuar localidades, realojar populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O Governo assinou um despacho de calamidade pública que abrange todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal accionou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.