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No "pior dia do ano", ardeu o equivalente a seis cidades de Lisboa

16 out, 2017 - 18:50 • Rui Barros

Dados provisórios do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais revelam dimensão dos incêndios iniciados no domingo.

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Os fogos florestais que fustigaram o país este domingo e segunda-feira fizeram arder um total de 635.66 quilómetros quadrados (km²), o equivalente a cerca de seis cidades de Lisboa.

Os dados, disponibilizados pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, na sigla em inglês) no seu site e actualizados esta segunda-feira à tarde, mostram que, no dia 15 de Outubro, arderam quase 64 mil hectares (quase o dobro da área ardida nos grandes fogos de Pedrógão Grande, a 17 de Junho).

A região da Serra da Estrela foi a zona mais afectada: os dados do sistema europeu que oferece a informação mais actualizada sobre a área ardida falam em 20.784 hectares consumidos nesta região durante domingo.

Apesar de somar o volume de área ardida maior, a atenção recai para o Pinhal de Leiria: são, segundo os dados do satélite europeu, 1.139 hectares ardidos. O autarca da Marinha Grande estima que “80% da manta verde” tenha sido consumida pelas chamas.

Estes dados são ainda provisórios. O Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais faz estimativas com base nas diferenças de temperatura registadas no solo de 80% da área total ardida. Os valores avançados pelo mecanismo são, depois, confirmados pelas autoridades nacionais. Os totais contabilizados tendem, por isso, a ser mais elevados.

A isto soma-se o facto de, à hora de publicação desta notícia, alguns dos incêndios que começaram a deflagrar no dia 15 ainda não terem um valor actualizado de área ardida.

De acordo com o último balanço das autoridades portuguesas, até ao final de Setembro tinham ardido em Portugal 215 mil hectares – o equivalente ao território da Área Metropolitana do Porto. É o valor mais alto dos últimos dez anos.

Só em áreas protegidas, foram mais de 20 mil hectares ardidos, com mais de 70% do Monumento Natural das Portas de Ródão e mais de metade da Paisagem Protegida da Serra da Gardunha a serem consumidos pelas chamas.

Os mais de 500 incêndios que deflagraram em Portugal no dia de ontem fizeram 36 mortos e 50 feridos, 15 destes em estado grave. Estão também algumas pessoas desaparecidas.

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  • Rui Gomes
    19 out, 2017 Luanda 17:05
    Como é que é possível que tenham ardido 1.139 hectares da Mata Nacional de Leiria quando se sabe que a area ardida corresponde a mais de 80 % da area total da Mata e que a mesma tem um total de 11 Mil Hectares ? É importante referir que, para além da Mata Nacional de Leiria arderam a Mata Nacional do Pedrógão localizada entre o Rio Liz e a praia do Pedrógão, pelo que parece no mapa terá ardido na sua totalidade (ou quase) e parte da Mata Nacional do Urso localizada a norte da Mata do Pedrógão também terá ardido . A sul da Mata Nacional de Leiria terão ardido outras áreas geridas pelo Estado: Perimetro Florestal da Alva de Pataias, Perimetro Florestal de Água de Madeiros e Perímetro Florestal da Mina do Azeiche (pelo menos...) É importante dar as noticias com rigor e apurar de forma exacta qual foi o total da area gerida pelo Estado que ardeu neste dia (Matas Nacionais e Perímetros Florestais) localizadas no litoral nos concelhos de: Alcobaça, Marinha Grande, Leiria e Figueira da Foz !!!
  • endo
    16 out, 2017 px 20:51
    seis cidades de Lisboa ou quatro cidades do Porto? Em que é que ficamos?
  • Joca
    16 out, 2017 Terra 20:20
    Isto só pode ser terrorismo. Foi o que aconteceu na Grécia em 2007.
  • Cidadao
    16 out, 2017 Lisboa 19:43
    500 fogos num dia. Mais fogos só aqui, que no resto da Europa. Alguns com acendimento simultâneo a várias dezenas de quilómetros uns dos outros. A maioria a deflagrar à noite... Mas alguém com 2 dedos de testa, acredita em "fogueiras", "queimadas", "floresta muito seca", "causas naturais excepcionais" e todo esse arrazoado com que nos têm enchido os ouvidos nos últimos tempos? O que temos aqui é uma estratégia criminosa concertada, um "cartel do fogo" como havia em Espanha, e que quando começou a ser investigado à séria, mudou-se para cá. Sigam o rasto do dinheiro, e vejam quem lucra com o fogo: desde os que alugam meios aéreos de combate, aos que vendem refeições, passando pelos que compram depois as terras e/ou madeiras ao preço da chuva, etc, etc. E há mais: neste momento, somos o destino turístico da moda. Alguém já pensou, que aqueles que ficaram sem turistas, estão a esfregar as mãos de contentes, à espera que eles saiam de cá e voltem à base? "Maluco das teorias de conspiração", dirão alguns. Eu digo: sigam o rasto do dinheiro e investiguem. Logo se vê se é teoria oca, ou tem pés para andar. A assobiar para o lado, à espera que chova, e a preparar cordeiros para o sacrificio politico, é que não vamos a lado nenhum.

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