16 out, 2017 - 14:25
O PSD expressou as "mais profundas condolências aos
familiares e amigos de todas as vítimas dos incêndios" deste fim de semana
e, apesar da "excepcionalidade da conjuntura", lamentou a “falência
do Estado” em momentos que as populações precisam.
"O Partido Social Democrata expressa, desde já, as suas mais profundas condolências aos familiares e amigos de todas as vítimas dos incêndios que deflagraram durante o fim de semana e continuam activos, em todo o país", é referido num comunicado do partido.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
"Pese embora a excepcionalidade da conjuntura, não ignoramos a falência do Estado em momentos em que as populações dele precisaram", lê-se na nota.
No mesmo comunicado, "o PSD apela a todos os agentes políticos responsáveis para que tomem em consideração, com a máxima urgência e atenção, as conclusões que a Comissão Técnica Independente produziu, através do parlamento".
Os sociais-democratas registam "com profundo pesar a perda de vidas humanas", que consideram ser uma repetição do que se assistiu este ano em Pedrógão Grande e em tantos outros pontos de Portugal.
O partido deixa ainda "uma palavra de gratidão e solidariedade a todos os bombeiros e operacionais no terreno, pelo seu trabalho, esforço e sacrifício no combate às chamas".
"Uma palavra também para as populações que, perante a ameaça às suas famílias e património, continuam a revelar uma coragem ímpar para ajudar a controlar o avanço dos incêndios", é ainda referido.
O PSD "não ignora o receio que partilha, como país, neste momento em que tantas situações estão ainda por controlar".
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal accionou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano depois de Pedrógão Grande e na região Centro, no Verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.